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Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
O estado de saúde do Presidente timorense é "estável" depois da segunda intervenção cirúrgica a que foi submetido num hospital de Darwin (Austrália), disse hoje Natália Carrascalão, chefe de gabinete de José Ramos-Horta, citando o último relatório médico.
No entanto, disse Natália Carrascalão à Agência Lusa, por precaução, Ramos-Horta irá manter-se em observação durante as próximas 24/48 horas na unidade de cuidados intensivos do Royal Darwin Hospital, para onde o Presidente de Timor-Leste foi transferido horas antes.
Natália Carrascalão, contactada telefonicamente desde Lisboa, adiantou desde Darwin que o Presidente lhe telefonou às 07h13 locais de hoje (22h13 de domingo em Lisboa) a dar conta de que se encontrava ferido na sua residência.
Segundo a chefe de gabinete do Presidente timorense, minutos antes, às 06h50 locais (21h50 de domingo em Lisboa), Ramos-Horta foi informado pela sua irmã Rosa Carrascalão, de que se registava um tiroteio junto à sua residência.
Na altura, Ramos-Horta encontrava-se fora da sua residência a efectuar o seu tradicional "jogging" e acabaria por ser atingido por duas balas, uma de raspão e outra que lhe entrou pelas costas e se alojou no estômago, quando regressou a casa para averiguar o que se passava.
Rosa Carrascalão, o seu irmão Arsénio Horta e a mãe do Presidente timorense estão no hospital de Darwin onde se encontra ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Zacarias da Costa, e a chefe de gabinete de José Ramos-Horta.
Entretanto, Zacarias das Costa disse também à Lusa que Ramos-Horta, ao contrário do que foi noticiado, não foi induzido em coma, sublinhando que o Presidente "esteve sempre consciente".
No entanto, acrescentou, Ramos-Horta perdeu cerca de oito litros de sangue, razão pela qual se encontra enfraquecido e debilitado, impossibilitado de falar.
Em declarações à Lusa, Rosa Carrascalão afirmou que o Presidente timorense está "fora de perigo", sublinhando que a segunda intervenção cirúrgica a que foi submetido - a primeira decorreu num hospital de campanha australiano em Díli - correu bem.
"Felizmente os sinais são positivos. Foi submetido a nova intervenção cirúrgica, que teve sucesso e foi transferido para os cuidados intensivos", disse, por seu lado, Zacarias da Costa.
"Uma enfermeira disse-nos que a situação é estacionária, que conseguiram compensar o muito sangue que perdeu e que lhe vão dar sedativos para poder descansar toda a noite", afirmou.
11 de Fevereiro de 2008 15:42
Lusa
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