Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008
Malae Belu
A INSIGNIFICÂNCIA DE HORTA E XANANA
A paz podre existente em Timor-Leste está a ser motivo de preocupação para todos, principalmente para os timorenses saturados de uma ocupação de mais duas décadas e de uma luta de libertação de outro tanto tempo.
Não bastaram tantas centenas de milhares de mortes, de crimes contra a humanidade - a que os principais responsáveis timorenses deram concordância em esquecer e perdoar aos criminosos – e sempre mais e mais timorenses vão morrendo a defenderem aquilo que consideram querer para o país: independência, democracia, justiça e liberdade.
Sabemos que a razão dos que morrem em lutas caseiras, assim como dos que matam, está muito longe de a violência ser o caminho para os objectivos pretendidos. Mas muito mais não se pode esperar de um povo tão massacrado que facilmente é manipulado por interesses que em nada o beneficiarão mas a que os seus líderes dizem que sim.
O erro não é do povo mas sim dos líderes.
Poderemos pensar: mas Timor-Leste tem um Nobel e um Sakarov. Pois, isso quer mesmo dizer que eu tenho um hambúrguer da MacDonald’s mas não tenho carne como deve ser. Aquilo é uma grande porcaria!
Penso que já foi sobejamente demonstrado que Ramos Horta e Xanana se meteram numa aventura para a qual não têm capacidades de lhe dar bom destino.
Um e outro continuam fazendo o que não devem. Com o agravante de nem saberem fazer um mínimo daquilo que devem.
Eles continuam falando, falando, prometendo, prometendo, mas… e depois? Depois, nada!
Avaliar os seus desempenhos nestes meses de exercício dos cargos para que um foi eleito e o outro nomeado permite-nos fazer um balanço muitíssimo negativo.
Nem um nem outro sabem desempenhar as suas competências e não cair no ridículo de ultrapassá-las.
Assistimos a um presidente da República que fala e age, ou quer agir, como primeiro-ministro e a um primeiro-ministro que fala e age como um soba ou, já lhe chamaram, um cipaio.
Quem conseguirá fazer compreender a ambos que não compete ao PR governar, nem ao PM ordenar prisões? Isto para referir o mais recente e ridículo.
Com “cromos” destes, Timor-Leste não pode ir longe.
Reflexo da incompetência e soberba destes péssimos “cromos” está para acontecer em Timor o inevitável: o desentendimento total, a ingovernabilidade, o caos.
Julgando-se um excelente estratega do “mato” – faltará provar que o foi – Xanana Gusmão continua a manobrar “debaixo dos panos”, às escondidas, tomando as piores atitudes que se não desejam na construção de qualquer novo país. Ele aplica a intriga, a mentira, o bluff, a representação teatral, a ignorância e a falsa modéstia em tudo que tem tocado. É um verdadeiro estraga tudo, convencido de que sabe e faz, e repara, e que pode. É troca-tintas e abelhudo, não tendo disso consciência e não querendo ouvir quem o alerta para o facto.
Acontece que Timor-Leste não é nenhuma empresa, ou casa, ou brinquedo que ele possa estragar e atirar para o lixo. Timor-Leste é um país que precisa de homens com capacidades para o governarem, conduzindo-o para os trilhos da independência, da democracia, das justiças, do desenvolvimento crescente e garantido, da transparência, da paz e tolerância… Timor-Leste teve todas as possibilidades de vir a ser um grande país apesar de pequeno.
ALFREDO REINADO
O que para muitos parece ser verdade, que Alfredo Reinado está contra Xanana Gusmão, não passa de uma ilusão. Alfredo Reinado só fez o que Xanana quis enquanto isso não foi adverso aos objectivos dos seus verdadeiros “patrões”, aliás, parcialmente também “patrões” de Xanana e de Horta, entre mais uns quantos.
A operação de Same mostrou o desinteresse em capturar Reinado mas o grande interesse em fazer espectáculo. No palco caíram uns quantos de Reinado que não sabiam onde o “boss” estava metido. O que foi conveniente para dar maior credibilidade à operação.
Os potenciais interessados em Timor-Leste não o querem um país estável e governável. Não querem governos transparentes e convencidos de que lhes compete defenderem os interesses nacionais, praticando esse tipo de políticas.
Timor-Leste só dá lucro se estiver instável e ingovernável. Entregue a uma elite submissa, corrupta, desnacionalizada e desumanizada. Isso é o que acontece em todos os países onde há petróleo e em que os USA metem as suas botas cardadas de autênticos SS hitlerianos.
Em Timor-Leste, o garante dessa instabilidade é Alfredo Reinado. Ficou sempre assim decidido porque nem Xanana, nem Horta servirão para certas “coisas” que têm e terão de continuar a fazer, sendo uma delas fazer que governam e que o país é livre e independente, a democracia da treta dos países do terceiro mundo.
O ressurgimento calculado e sincopado de Alfredo Reinado serve para lembrar a Xanana e Horta os seus compromissos e a facilidade com que podem cair e implantar-se o caos. Os serviços de inteligência norte-americano e australiano não estiveram a fabricar um herói Reinado à toa mas sim para substituir Xanana Gusmão em fase que considerem adequada. Para eles, este ainda não é o verdadeiro governo fantoche. Governo de que precisarão quando partirem para a exploração on-shore.
Para quem julgar que o pouco que aqui é referido não passa de delírios e teorias miserabilistas, ou ainda pior, dê tempo ao tempo e depois lembre-se destas prosas.
Pena que assim seja e que Horta e Xanana se tenham disposto a aceitar o desempenho de papéis que certamente sabiam estarem condicionados pelos interesses dos “amigos estrangeiros”.
Fora de cena quem não interessa à cena!
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