H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Discurso PM no Parlamento Nacional - Apresentação ...":
"154 mil dólares para estabelecer uma Comissão da Função Pública [...] um novo órgão, a Comissão Anti-Corrupção de Timor-Leste [...] um impulso significativo ao Gabinete do Inspector-Geral".
Há dias levantei uma série de interrogações sobre o Orçamento para 2008. No que diz respeito à aquisição de bens e serviços, fiquei mais aliviado por saber que uma parte indeterminada - mas certamente substancial - desse Orçamento vai para pagar salários modestíssimos a profissionais altamente qualificados que hão-de ser colocados nessas 2 comissões e 1 gabinete.
Estes organismos serão sem sombra de dúvida altamente produtivos e justificam plenamente que a sua fonte de financiamento seja o Fundo Petrolífero.
Mas não esqueçamos também "A empresa internacional Deloitte", que não trabalha de graça, mas resta-nos o consolo de que é "de idoneidade inquestionável". Assim ficam justificados os milhares de dólares que serão gastos nos serviços desta empresa.
Justo é o elogio do Fundo Petrolífero, feito por Xanana. Abençoada pesada herança de Alkatiri, que agora serve para financiar não só o Orçamento, mas também o seu défice, já que este Governo não foi praticamente capaz de gerar receitas próprias.
Portanto, por mais coisas bonitas que Xanana tenha para nos contar, até prova em contrário a execução do Orçamento resume-se a gastar o dinheiro do Fundo Petrolífero.
Só que gastar não é forçosamente sinónimo de investir. Construir escolas não garante a criação de futuros postos de trabalho, pois isso implica capital privado de investimento.
À falta de capital timorense, ficamos contudo a saber que "Os investidores são oriundos da Austrália, Coreia e Malásia". Isto quer dizer que os proveitos desses investimentos(?) irão todos para fora do País, e que deles os timorenses só verão salários magros para explorar mão-de-obra barata, pois segundo promessas já feitas, o Governo não vai cobrar-lhes os impostos astronómicos que Alkatiri cobrava às empresas.
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