"Depois de ontem ter aconselhado Ivo Rosa a "mostrar mais respeito", na sequência de um despacho judicial em que o magistrado afirmou que o chefe de Estado timorense desrespeitava a Constituição, Ramos-Horta quando respondia a uma questão sobre a actual situação de segurança em Timor-Leste, salientou que o juiz "é convidado para estar em Timor-Leste, por via das Nações Unidas".
"De vez em quando [Ivo Rosa] faz umas declarações disparatadas e entra mesmo em contradição com o presidente do Tribunal Supremo de Justiça", o juiz Cláudio Ximenes, acusou.
Público. 16.11.2007
1. O Juiz não é "convidado" para estar em Timor-Leste pelas Nações Unidas. A Constituição de Timor-Leste prevê que juizes internacionais sejam empossados, o que foi o caso do Juiz Ivo Rosa. Se alguém tiver dúvidas pode consultar a Constituição de Limor-Leste aqui.
2. O Juiz Ivo Rosa não fez "declarações" disparatadas, como Ramos-Horta diz, mais uma vez em total de desrespeito pelo poder judicial. O juiz fez um despacho no processo do julgamento de Alfredo Reinado e na sequência da passividade das forças de segurança, confirmadas pelo Brigadeiro australiano que o atribui a "ordens" para não executar os mandados de captura, por parte do Presidente Ramos-Horta. Veja o despacho aqui.
3. O juiz Ivo Rosa nunca entrou em "contradição" com o Tribunal Supremo de Justiça, (Tribunal de Recurso como se designa em Timor-Leste) pela simples razão que nunca o Tribunal de Recurso se pronunciou sobre este caso, visto nunca lhe ter sido apresentado uma acção nesse sentido. E nem o juiz Claúdio Ximenes fez ou faria considerações com o Presidente da República Ramos-Horta sobre a decisão de um colega que muito estima.
Aos jornalistas interessados, que se identifiquem por email, enviamos os contactos necessários para que possam confirmar com o Presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes.
Estas mentiras são vergonhosas e é um escândalo que ninguém confirme a veracidade destas afirmações.
Ramos-Horta quer impedir a todo o custo que Alfredo Reinado testemunhe. Alfredo Reinado, que na semana passada em entrevista declarou que nunca se vai render e que se for a Tribunal responder pelos seus crimes, Xanana e Ramos-Horta também irão.
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