terça-feira, agosto 21, 2007

Timor Leste tem situação calma, afirma missão da ONU

20-08-2007 13:02:48

Lisboa, 20 Ago (Lusa) - A Missão das Nações Unidas no Timor Leste (Unmit) afirmou nesta segunda-feira que a situação no país está calma, apesar de alguma tensão em Viqueque, a cerca de 250 quilômetros a leste de Díli.

"Os oficiais da polícia das Nações Unidas (Unpol), em conjunto com a polícia nacional do Timor Leste (PNTL) e a Força de Estabilização Internacional (ISF) permanecem totalmente prontas para responder a quaisquer distúrbios que aconteçam", diz o texto da Unmit.

De acordo com a Missão das Nações Unidas, a Unpol respondeu nesta segunda-feira a sete incidentes em Díli, inclusive um apedrejamento a partir de uma ponte por um grupo de jovens e o bloqueio de uma estrada. Em ambos os casos, os autores dos incidentes fugiram após a chegada da polícia.

A Unmit também disse que não há registro de incidentes em Viqueque, mas a maioria das repartições governamentais e das escolas continua fechada. A polícia local aconselha a população a evitar viagens à noite para as áreas mais afetadas.

Os distúrbios no Timor Leste são uma reação à decisão do presidente José Ramos Horta de designar Xanana Gusmão como primeiro-ministro.

Líder do Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor Leste (CNRT), o premiê timorense dirige uma coligação de quatro partidos que controla 37 dos 65 lugares do Parlamento.

Apesar de vencer as eleições legislativas, a Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin) obteve apenas 21 deputados.

1 comentário:

  1. Fretilin contra tropas da Austrália
    Público, 21.08.2007
    Soldados de Camberra enxovalharam algumas bandeiras do principal partido político timorense
    As tropas australianas incendiaram uma já difícil situação em Timor-Leste, quando no sábado três soldados arrancaram na aldeia de Bercoli bandeiras da Fretilin e fizeram menção de as utilizar como papel higiénico, declarou ontem o vice--presidente daquela formação política, Arsénio Bano. Um dos comandantes de Camberra, o brigadeiro John Hutcheson, considerou que a atitude dos seus homens foi imprópria e demonstrou falta de sensibilidade; mas que se tratou de um caso isolado, pelo qual os implicados já apresentaram uma desculpa formal.

    "É um incidente muito grave e estou desiludido com as acções destes soldados", disse o oficial, enquanto o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, dizia que "seria melhor as tropas australianas voltarem para casa, se não conseguem ser neutras".

    "Vieram para nos ajudar a resolver os nossos problemas, mas acabaram por dar o seu apoio a uma das partes e por combater a outra", comentou o antigo primeiro-ministro Alkatiri, segundo o qual os militares australianos andam desde há algum tempo a intimidar os partidários do grupo político maioritário. Soldados e polícias da Austrália e da Nova Zelândia têm sido muitas vezes acusados de interferir na vida política timorense, colocando-se ao lado de todos aqueles que contestam a Frente Revolucionária que esteve no poder durante os cinco primeiros anos de independência do jovem país agora presidido por José Ramos-Horta.

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