sábado, agosto 18, 2007

Presidente timorense apela à estabilidade das instituições

Público, 18.08.2007
Jorge Heitor

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, declarou ontem, num comunicado à imprensa, que "o povo saberá julgar, nos próximos actos eleitorais, as posições que estão a ser assumidas por todos", depois de ele haver convidado este mês a formar Governo a Aliança com Maioria Parlamentar (AMP). E que, até lá, todos os seus compatriotas "têm o dever de contribuir para a estabilidade das instituições" e para a solução dos problemas do país.

Enquanto isto, a Fretilin, partido mais votado nas legislativas de 30 de Junho, voltou a pedir aos seus apoiantes que não usem a violência nos protestos contra uma decisão presidencial que considera "inconstitucional", por a remeter para a oposição. Deputados e dirigentes do grupo liderado pelo antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri têm visitado vários distritos, no sentido de explicar às bases que todas as manifestações devem ser pacíficas, de modo a que não prossigam os desacatos que nas últimas semanas já obrigaram mais alguns milhares de pessoas a deixar as suas casas, acrescentando-se aos perto de 100.000 deslocados do ano passado.

Quinta-feira, depois de uma reunião com investidores nacionais e internacionais, na capital, Ramos-Horta declarou que, se a Fretilin insiste em que o Governo da AMP, liderado pelo antigo Presidente Xanana Gusmão, é ilegal, então que coloque o caso ao Tribunal de Recurso. Este tem funções de Supremo e é presidido por Claúdio de Jesus Ximenes, antigo juiz que trabalhou duas décadas em Portugal e foi desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa.

Na semana passada, o presidente da Frente Revolucionária, Francisco Guterres, "Lu Olo", em Maio derrotado por Ramos-Horta na segunda volta das eleições para a chefia do Estado, falou em constituir uma "grande família", na qual participem pessoas que têm militado em grupos como o Conselho Popular de Defesa e a Unidade Nacional Democrática.

Quem entretanto manifestou a sua solidariedade à Fretilin, por ter sido preterida na escolha do Executivo, foram os partidos que constituem a coligação governamental guineense: PAIGC, PRS e PUSD.

3 comentários:

  1. O Horta que tire o cavalinho da chuva porque enquanto não for reposta a legalidade democrática não vai haver estabilidade no país.

    O Xanana que resigne, o Horta que convide a Fretilin porque foi quem ganhou as eleições e só então haverá condições para a estabilidade. Porque só com respeito pela democracia pode haver estabilidade.

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  2. Continuam as ameças da prometida instabilidade!...
    E depois digam que não são responsáveis pela violência que se reacendeu...
    Em democracia, tem de se saber perder, com dignidade, e debater as divergências nos locais próprios, não à custa do pobre povo timerense!

    Foi prometida, se não governasse, e ela aí está!

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  3. SABER PERDER COM DIGNIDADE ISTO E TUDO CORRE DENTRO DAS VIAS DEMOCRATICAS SEM USAR AS MANIPULACOENS SELVATICAS E HIPOCRITAS QUE SE TORNARAM CONHECIDOS COM O DERRAMAMENTO DO SANGUE POVO MAUBERE PARA ALCANSAR O FALSO FABRICADO E UNDEMOCRATICO DO PODER AMBICIOSO.O REMORSO DESTES MALES FEITOS POR ELES ESTAO ESCONDIDOS E FIGEM SINICAMENTE NAS SUAS APRESENTACOENS PUBLICAS.TAMBEM MUITOS AI NO PARLAMENTO E NO GOVERNO QUE ESTAO A COBRIR OS SEUS CRIMES PENSAM QUE TODO O MUNDO NAO SABE.CAMBADAS DOS VIGARISTAS E OPORTUNISTAS QUE RODEIAM O PRIMEIRO MINISTRO XANANA SAO OS PIORES DOS PIORES QUE EXISTEM AQUI NESTE MUNDO.

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