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por Ana Loro Metan
Quinta-feira, 30 de Agosto de 2007
O MUITO SABEDOR, ARROGANTE E ILUMINADO RAMOS HORTA
A singularidade do discurso de hoje, no Parlamento Nacional, de Ramos Horta, Presidente eleito, fez-me lembrar que ele já deve ter partido todos os espelhos lá de casa sempre que se via neles reflectido e que à falta de melhor optou por passar à fase seguinte da sua frustração em ter de mostrar o jogo em que está envolvido: vitimiza-se e faz oposição à oposição, declarando abertamente que não é Presidente de todos os timorenses – pelo menos é assim que dá para entender.
Durante o discurso deu para perceber os esgares de muitos dos presentes como reflexo denunciante da reprovação que esta sua atitude de “o mais sabedor” causou e ainda mais quando o PR referiu não termos aprendido nada com o passado.
Pensando bem, Ramos Horta devia ter dito que não aprendeu nada com o passado ao querer estar bem com Deus e com o Diabo. Um Deus eleito por ele próprio, um Deus pessoal e intransmissível de uma religião de interesses estranhos à luta desta Pátria e deste povo que testemunhou o assassinato dos seus familiares e amigos e que só sobreviveu pela sua tenacidade.
Ao falar como falou Ramos Horta faltou ao respeito a todos os timorenses. Falou como um invasor das nossas mágoas, das nossas frustrações, das nossas raivas contidas.
Falou como um estranho que se considera iluminado e distanciado das nossas décadas de luta pela defesa da nossa identidade.
Temos um PR que encarna perfeitamente a elite da década de 70 que agora regressou para completar os erros do passado e voltar a pôr-nos uns contra os outros.
Como Veríssimo diz: está na hora do desprezo.
Triste sina a nossa!
Publicada por Fábrica dos Blogs em 17:34:00
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