Porta-voz da CNE apoia candidatura de "Lasama"
Díli, 04 Abr (Lusa) - O porta-voz da Comissão nacional de Eleições (CNE) de Timor-Leste, padre Martinho Gusmão, apelou hoje ao voto num dos oito candidatos às presidenciais timorenses da próxima segunda-feira, alegando que o faz "para expressar a sua opinião pessoal".
Citado pelo diário australiano Sydney Morning Herald, Martinho Gusmão sublinhou "nada haver de errado" em opinar sobre o seu candidato favorito, sublinhando tratar-se do líder do Partido Democrático (PD), Fernando Araújo "Lasama".
"Talvez se me pedirem para escolher, poria Lasama em primeiro (lugar)", respondeu o porta-voz da CNE timorense, perante correspondentes da imprensa indonésia em Díli.
O padre Martinho Gusmão adiantou que já escreveu um sermão para ser lido nas missas que vai celebrar no próximo fim-de-semana pascal e que antecede a votação de segunda-feira.
"Só expresso a minha opinião e não há nada de mal nisso. A Igreja não apoia nenhum candidato. A principal questão é que vamos pedir à população que vote conscientemente. Não promovemos nenhum candidato específico", sustentou.
"Mas, após a missa, em casa ou em qualquer outro lugar, se eu falar com pessoas, vou dizer, bem, eu prefiro que escolham este (candidato). Isto não é nenhuma violação, porque não o estarei a fazer publicamente", acrescentou.
Até agora, não são conhecidas quaisquer reacções públicas às declarações do prelado e também porta-voz da CNE.
JSD-Lusa/Fim
Lamentamos a atitude irresponsável do sr. Martinho Gusmão que, apesar de ocupar um cargo, neste momento importante para a reposição da Paz em Timor-Leste, vai contra todas as regras que buscam a imparcialidade no órgão que dirige, CNE.
ResponderEliminarNao importando o cargo que cada um ocupa no CNE, nao pode vir ao publico fazer declaracoes que comprometam a transparencia do processo eleitoral e porque se confundem facilmente com a campanha eleitoral em curso.
As pessoas escolhidas para essas funcoes devem ter uma postura bem equilibrada e integra e que, pelo seu comportamento, inspira confianca e respeito nos cidadãos.
Parece que esses requisitos não encontramos no sr. Martinho Gusmão. Nao é correcto vir ao público manifestar preferência por este ou aquele candidato numa altura em que se espera imparcialidade e transparência da parte da CNE.
A partir do momento em que aceitou assumir as funcoes na CNE, o sr. Martinho Gusmao deve aceitar as regras de jogo impostas para este tipo de cargo. Deixou de ter aquela liberdade própria de um cidadao comum e passou a assumir o simbolo de isencao e contencao nos seus pronunciamentos.
Por outro lado, como catolicos convictos, gostariamos de alertar que a Igreja nao é local para os senhores padres fazerem politica, mas sim um local de oração e onde todos os cristãos vao para se comunicarem com Deus e não para receberem ordens para “como devem votar e a quem vao votar”, mesmo que elas sejam dadas como “opiniões pessoais” de qualquer membro do clero.
Os democratas de pacotilha mostram a sua raça.
ResponderEliminarTendenciosos, parciais, manhosos, vendidos e, essencialmente, anti-democratas!
Se um elemento da CNE faz isto e fica impune...
Os tipos estão à rasca!