Público
7.02.2007
A situação da segurança continua volátil em Timor-Leste e o clima político está constantemente a mudar, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, num relatório enviado ao Conselho de Segurança e ontem conhecido. Tendo em conta esses factos, recomendou que a missão da ONU naquela antiga colónia portuguesa (Unmit) seja prorrogada por mais um ano.
“Ainda há muito a fazer”, sintetizou o secretário-geral, que apoia o pedido do Governo de Díli para que seja enviada mais polícia das Nações Unidas encarregada de controlar a situação durante os próximos actos eleitorais: as presidenciais de Abril e, algum tempo depois, as legislativas.
“Se houver um pedido formal das Nações Unidas (para o envio de uma nova unidade policial), Portugal não deixará de o analisar”, disse à Lusa fonte do ministério português da Administração Interna, depois de se saber que que Ban Ki-moon encarava a hipótese de mais agentes a enviar por Lisboa.
No fim de Janeiro, a Unmit era constituída por 156 funcionários administrativos estrangeiros, 382 timorenses e 1.313 polícias, bem como por 33 militares. E o presente relatório irá ser analisado pelo Conselho de Segurança em 12 de Fevereiro, oito dias antes de expirar o prazo para a apresentação de candidaturas à presidência de Timor-Leste.
O “clima político fluido” a que se refere o secretário-geral inclui o facto de o Ministério Público, em Díli, ter concluído que Mário Alkatiri, enquanto era primeiro-ministro, “não pactuou com eventual iniciativa que pudesse pôr em causa” o respeito pelos princípios democráticos.
Ouvidas pela justiça as pessoas incubidas pelo então ministro do Interior, Rogério Lobato, de em Maio do ano passado entregarem armas ao grupo liderado por Vicente da Conceição (“Rai-Los”), não afirmaram que Alkatiri tivesse conhecido do acto. Razão pela qual o secretário-geral da Fretilin se encontra agora livre para uma candidatura presidencial. J.H.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário