sexta-feira, outubro 20, 2006

Militar estrangeiro de topo reúne-se em segredo com amotinado

Tradução da Margarida.

The Age.

Lindsay Murdoch, Darwin
Outubro 20, 2006

MICK Slater, o comandante das forças da Austrália em Dili, revelou que não pôde prender o fugitivo mais procurado de Timor-Leste, Alfredo Reinado, durante um encontro secreto nas montanhas na semana passada porque tinha tropas a menos.

"Eu desarmado. Ele rodeado por 11 criminosos pesadamente armados. Chamem-me um cobarde … não seria inteligente fazê-lo," disse ontem o Brigadeiro Slater. Confirmou que ele e dois Timorenses, um deles um funcionário do Governo, tinham encontrado o treinado pelos Australianos Major Reinado depois de ter concordado ir desarmado para um local de encontro no sul do país.

Disse que o Major Reinado, que liderou uma fuga em massa da prisão principal de Dili em Agosto, "mostrou ainda mais uma vez que é um homem inteligente que está a fazer algumas coisas estúpidas e tontas ".

"Afirma que está pronto a regressar para enfrentar a justiça e limpar o seu nome, mas insiste que não o fará até todos que ele acredita devem enfrentar a justiça o fazerem," disse o Brigadeiro Slater.

Um inquérito da ONU publicado esta semana em Dili acusou o Major Reinado de ter disparado o primeiro tiro num confronto sangrento que mergulhou Timor-Leste na crise em Maio. Recomendou que ele e pelo menos nove dos seus homens enfrentem processos sobre um tiroteio no qual cinco pessoas morreram.

O Brigadeiro Slater disse que o apoio ao Major Reinado tem encolhido desde a sua fuga.

"Eventualmente ele virá," disse. "Ou de livre vontade ou será forçado … será muito melhor se ele vier voluntariamente."

O Major Reinado criticou a credibilidade das conclusões do inquérito da ONU, dizendo que um dos seus homens, que foi recomendado ser processado, foi morto durante o tiroteio.

O Brigadeiro Slater, que comanda quase 1000 tropas Australianas destacadas em Dili, disse que receios que as conclusões do inquérito possam desencadear novos desassossegos provaram ser infundados.

"As pessoas estão a aceitar responsavelmente o relatório e a pensar sobre as suas implicações," disse.

O inquérito recomendou que grupos de polícias, soldados e civis sejam processados sobre a violência que irrompeu em Dili, forçando dezenas de milhares de pessoas para esquálidos campos de deslocados.

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