Termina prazo entrega voluntária armas, detidos timorenses armados
Díli, 24 Jul (Lusa) - O prazo estabelecido para a entrega voluntária de armas terminou hoje em Díli e a partir de agora todos os timorenses que forem surpreendidos com armamento serão detidos, disse à Agência Lusa o comandante das tropas australianas, brigadeiro Mick Slater.
O oficial, que estava acompanhado do comandante Steve Lancaster, responsável da polícia australiana, apresentado como coordenador dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais - entre os quais os 126 portugueses da Guarda Nacional Republicana -, acrescentou que só hoje foram recolhidas mais 50 armas.
Entre o material militar entregue voluntariamente, a maior pare do qual estava nas mãos de agentes da Polícia Nacional, figuravam uma "shotgun", nove armas automáticas e 43 pistolas, além de granadas e muitas munições.
A partir de agora, e durante 10 dias, as forças internacionais, militares e policias da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, estacionadas em Timor-Leste, vão conferir os registos das mais de mil armas recolhidas desde o final de Maio e das que anda se encontram nos armeiros da Polícia Nacional para conferir o número exacto e tipo de armamento ainda em mãos desconhecidas.
No fim deste período, os cerca de 600 efectivos da polícia internacional alargarão o período de patrulhamento e de controlo da ordem pública durante as 24 horas do dia.
Actualmente, essas patrulhas são efectuadas entre as 07:00 e as 23:00 e fora deste período, os casos que careçam de intervenção policial, são avaliados em função das necessidades a partir das três esquadras criadas, Comoro, Díli Central e Bécora, onde a gestão dos incidentes reportados são alvo de triagem no comando de coordenação, com representantes dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais actualmente presentes em Timor-Leste: Austrália (200 efectivos), Malásia (250), Nova Zelândia (30) e Portugal (126).
Um processo idêntico de registo e controlo de armas, designadamente as distribuídas às Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste, foi bem sucedido há semanas atrás, tendo sido referenciada unicamente a falta de "menos de uma dúzia de armas", disse o brigadeiro Slater à Lusa.
A recolha de armas nas mãos de civis, e o controlo do armamento distribuído à Polícia Nacional e forças armadas timorenses iniciou-se em Junho, na sequência de uma declaração do Presidente Xanana Gusmão ao país a 30 de Maio, quando chamou a si o controlo das áreas da Defesa e Segurança e enunciou um conjunto de medidas de emergência para pôr termo à crise político-militar no país.
A crise iniciou-se com a deserção de um terço do exército por alegada discriminação da hierarquia e conduziu à desintegração da Polícia Nacional, a divisões no seio das forças armadas, e a actos de violência protagonizados por grupos rivais de civis.
Com a chegada de forças militares e policiais estrangeiras, da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a situação melhorou progressivamente, mas o saldo negativo da instabilidade é dado pelos cerca de 30 mortos registados e mais de 150 mil pessoas deslocadas em campos de acolhimento, a maior parte dos quais em Díli.
No plano institucional, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, a 26 de Junho, na sequência de um "braço de ferro" com o Presidente Xanana Gusmão, tendo sido substituído na chefia do governo por José Ramos-Horta.
EL.
Correcção:
O comandante Steve Lancaster, responsável da polícia australiana, pode-se apresentar como quiser, mas não é o coordenador dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais (entre os quais os 126 portugueses da Guarda Nacional Republicana).
Não existe um coordenador das polícias internacionais. Existem 4 comandantes, um de cada força, que coordenam entre si. Não coordena todas as forças, muito menos a GNR...
Existe um centro de coordenação conjunta das forças policiais, representada por oficiais de cada uma das forças.
Sabendo bem, que NÃO existe nenhum comando australiano, ou "coordenação", a LUSA podia ter questionado o oficial confrontando-o com este facto. Não?
.
O Eduardo Lobão da Lusa não confronta nem questiona apenas transcreve aquilo a que ele chama de noticias.
ResponderEliminarE não só não confronta como não publica.
Nada publicou sobre a ausência do Presidente da República na cerimónia oficial das FDTL, nem sequer sobre a cerimónia.
Publicou a "cerimónia" da entrega das armas pelo grupo de Railos mas não confrontou o Procurador-Geral sobre a legalidade da sua presença no local nem sobre o número de armas entregues, nem sobre as munições.
Assim como nada publicou sobre a legalidade da nomeação do Procurador-Geral, nem o confrontou com o facto de este cometer o crime de violação do segredo de justiça.
E como nada publicou sobre...
Muito haveria para dizer sobre o jornalista da Lusa em Timor ao serviço da desinformação.
O Eduardo Lobão da Lusa não confronta nem questiona apenas transcreve aquilo a que ele chama de noticias.
ResponderEliminarE não só não confronta como não publica.
Nada publicou sobre a ausência do Presidente da República na cerimónia oficial das FDTL, nem sequer sobre a cerimónia.
Publicou a "cerimónia" da entrega das armas pelo grupo de Railos mas não confrontou o Procurador-Geral sobre a legalidade da sua presença no local nem sobre o número de armas entregues, nem sobre as munições.
Assim como nada publicou sobre a legalidade da nomeação do Procurador-Geral, nem o confrontou com o facto de este cometer o crime de violação do segredo de justiça.
E como nada publicou sobre...
Muito haveria para dizer sobre o jornalista da Lusa em Timor ao serviço da desinformação.
"Apresentado como"..
ResponderEliminarDesculpe?! Quer dizer que o jornalista "duvidava" e nada questionou?
Não sabe sequer ler as suas próprias notícias? A Lusa não publicou a notícia de QUE NÃO HAVIA COMANDO AUSTRALIANO?
Não publicou há dias uma peça sobre a coordenação conjunta das forças policiais?
Não podia confirmar com a GNR se havia um "coordenador"?
A Lusa tem a responsabilidade de ser mais rigorosa.
Ou talvez os orgãos de comunicação social que fazem "copy/paste" das notícias da Lusa, tenham de ter mais cuidado.
Mais do mesmo...
ResponderEliminarReparem ainda nestas duas afirmações do Lobão:
ResponderEliminar1 - “A crise iniciou-se com a deserção de um terço do exército por alegada discriminação da hierarquia e conduziu à desintegração da Polícia Nacional, a divisões no seio das forças armadas, e a actos de violência protagonizados por grupos rivais de civis.”
Se bem que já não seja a lenga-lenga dos “600 despedidos por Alkatiri” (como andou meses a repetir em todos os textos), não se percebe como é a deserção dos soldados conduziu à desintegração da Polícia, omite completamente os confrontos dos desertores com os membros das F-FDTL, branqueia a participação dos desertores em violências, incêndios e pilhagens e branqueia e relativiza a actuação dos gangs de hooligans anti-Fretilin.
2 – “Com a chegada de forças militares e policiais estrangeiras, da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a situação melhorou progressivamente, mas o saldo negativo da instabilidade é dado pelos cerca de 30 mortos registados e mais de 150 mil pessoas deslocadas em campos de acolhimento, a maior parte dos quais em Díli.
No plano institucional, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, a 26 de Junho, na sequência de um "braço de ferro" com o Presidente Xanana Gusmão, tendo sido substituído na chefia do governo por José Ramos-Horta.”
Logo o Lobão que publicou a notícia do Director do Hospital com o número de 21 mortos, recomeça agora com os “cerca de 30”. Qual a fonte deste número, mistério, o Lobão não explica, mas devia explicar.
Como também devia explicar como é que há um "braço de ferro" quando só um, o PR se assumiu como contendor e principalmente como chantagista pois colocou o então PM com o dilema “ou resignas tu, ou resigno eu”.
Ora comecar por 30 e depois ir para os 21 e que nao. nao e? Os numeros de mortos podem aumentar diminuir e que era um milagre. Mas isto e suficiente prova que algumas pessoas ficam paradas no tempo e nao acompanham o desenrolar dos eventos neste planeta azul (nao Malai Azul por esse continua o mesmo) por isso e que tocam sempre a mesma cassete.
ResponderEliminarO Anónimo das 12:13:34 AM chama-se Lobão? Mas esqueceu-se de indicar a fonte... aliás lembro-me que segundo o Salsinha só em 28 de Abril foram 60 os mortos.
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