PM José Ramos-Horta aceita redução forças militares internacionais
Díli, 18 Jul (Lusa) - A eventual redução da presença militar internacional em Timor-Leste foi hoje aceite como uma inevitabilidade pelo primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, em declarações à Lusa.
"Concordo que haja necessidade de redução. Continuamos a precisar de uma componente militar de 'peace keeping', sob a cobertura das Nações Unidas, mas pode não ser uma força grande", disse.
Ramos-Horta falava à Lusa no final de uma visita de seis horas a Díli do seu homólogo australiano, John Howard, durante a qual um dos temas abordados foi justamente a progressiva diminuição dos efectivos da Austrália, o país que participa com mais militares e polícias no contingente de 2.200 efectivos actualmente estacionados em Timor- Leste.
"Uma força militar é sempre uma força de dissuasão, que dá também apoio à própria força policial. às vezes a força policial precisa do 'back-up' de uma força militar", acrescentou o primeiro- ministro timorense.
Sobre a deslocação de John Howard, Ramos-Horta disse ter-se tratado de uma visita de cortesia.
"Foi fundamentalmente uma visita de cortesia. O primeiro- ministro John Howard não quis deixar passar muito tempo sem vir aqui manifestar o seu apoio ao povo timorense, às autoridades e às instituições e também ver as suas forças", afirmou.
O chefe do governo australiano "veio garantir o apoio total da Austrália às necessidades de Timor-Leste na área do desenvolvimento e na área humanitária", disse.
"Reiterou uma vez mais que a Austrália está aqui a nosso pedido. Respeita totalmente a soberania e a integridade territorial de Timor-Leste e que, logo que as condições permitam, preferiam começar a reduzir as suas forças", salientou.
Segundo os dois primeiros-ministros, a situação de segurança melhorou significativamente em relação aos meses de Maio e Junho, pelo que a Austrália está a considerar reduzir o total das forças estacionadas em Timor-Leste.
A disponibilidade de Ramos-Horta em prestar declarações à imprensa contrastou com a posição de John Howard, que privilegiou os jornalistas australianos, anulando a conferência de imprensa prevista para o final da visita à capital timorense.
Foi igualmente escassa a informação sobre o programa da visita, com o gabinete de Howard em Camberra a invocar "razões de segurança", e os jornalistas timorenses, indonésios e portugueses a serem mesmo impedidos de entrar no "Campo Fénix", no bairro de Caicoli, onde anteriormente esteve sedeado o batalhão militar português.
Apenas os jornalistas australianos foram autorizados a entrar.
Além do encontro com Ramos-Horta, Howard reuniu-se com o Presidente Xanana Gusmão e o representante especial do secretário- geral da ONU em Timor-Leste.
A vinda de John Howard a Timor-Leste foi a primeira de um governante estrangeiro desde a demissão do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, no passado dia 26 de Junho.
A Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal iniciaram o envio de militares e polícias a 25 de Maio, em resposta a um pedido das autoridades timorenses, para restabelecer a lei e a ordem no país, na sequência da decisão de Xanana Gusmão de chamar a si a coordenação e controlo das áreas de defesa e segurança.
O envio de forças internacionais, actualmente cerca 2.200, sucedeu-se a uma crise político-militar em finais de Abril, que resultou na desintegração da Polícia Nacional, na divisão no seio das forças armadas e em actos de violência perpetrados por grupos de civis, armados.
Este conjunto de acontecimentos provocou a morte de cerca 30 pessoas, a destruição de bens privados e públicos e mais de 150 mil deslocados.
EL.
E TAMBEM DEU-TE UM BEIJINHO? DEU?
ResponderEliminarMAU BEICK
Quando as tropas internacionais sairem, vamos convidar a Margarida, os outros que aqui arrotam, perdão, postam postas de pescada e o Malai azul para tratarem da segurança e governarem Timor! Eles sabem tudo!
ResponderEliminarPor mim falo, Anónimo das 11:58:06 PM, quem sabe é quem aí vive, trabalha e luta e esses são os da Fretilin. Não os sub-estime. Eles têm mostrado uma admirável disciplina, sangue-frio e resiliência.
ResponderEliminarDaqui a nada a margarida vai repetir aquela famosa frase que diz que a fretilin e que ganhou a independencia.
ResponderEliminarE sem a Fretilin, Timor-Leste seria hoje independente?
ResponderEliminarTimor nao seria independente so pela fretilin. As eleicoes de 2001 provaram que pouco menos de metade da populacao nao e da fretilin.
ResponderEliminarMas o problema e que o Mari Alkatiri e os duros da fretilin deziam de boca cheia que foi a fretilin que ganhou a independencia, trouxe a democracia para timor e outras tantas bocas.
Anónimo das 3:53:18 AM: parece que você acha que nem o Alkatiri nem ninguém da Fretilin tem o direito de abrir a boca. Sempre a cascar neles, numa intolerância e sectarismo quase que indecentes. Tenha lá calma, venda o seu peixe mas deixe de cascar nos outros, que têm o mesmíssimo direito de vender o seu. Tão depressa acusam o Alkatiri de ser distante e arrogante como precisamente do contrário, não são capazes de ter uma atitude pró-qualquer coisa, só sabem é destruir o que a Fretilin faz ou defende. Que sectários são!
ResponderEliminarAnónimo das Quarta-feira, Julho 19, 2006 3:53:18 AM "As eleicoes de 2001 provaram que pouco menos de metade da populacao nao e da fretilin."
ResponderEliminar"Fretilin is the winning party, with 43 seats in the national election, and 12 of the 13 district seats. The 88-member assembly will consist of one representative from each of East Timor’s 13 districts, with the rest of the seats divided on a proportional representation basis. The seat allocation on national seats is as follows:
Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin): 57.3 % of the vote, 43 seats; Partido Democrático (PD): 8.7 %, 7 seats; Partido Social Democrata (PSD): 8.1%, 6 seats; Associação Social-Democrata Timorense (ASDT): 7.8 %, 6 seats; União Democrática Timorense (UDT): 2.3 %, 2 seats; Partido Nasionalista Timorense (PNT): 2.2 %, 2 seats; Klibur Oan Timor Asuwain (KOTA): 2.1 %, 2 seats; Partido do Povo de Timor (PPT): 2 %, 2 seats; Partido Democrata Cristão (PDC): 1.9 %, 2 seats; Partido Socialista de Timor (PST): 1.7 %, 1 seat; Partai Liberal (PL): 1.1 %, 1 seat; Partido Democrata-Cristão de Timor (UDC/PDC): 0.6 %, 1 seat." UNTAET
Podes verificar o resultado As eleicoes de 2001. Quer dizer que em Timor 57.3 % e da FRETILIN, PD: %8.7, Partido Social Democrata (PSD): 8.1%, Associação Social-Democrata Timorense (ASDT): 7.8 %, União Democrática Timorense (UDT): 2.3 %, Partido Nasionalista Timorense (PNT)2.2 % ETC....
Grande differença %57.3 de FRETILIN e %8.7 do PD o partido mais proximo.
Como e que voces podem desenvolver uma campanha inteligente com anonimos como o das 1:13:21 PM a abrir a boca?
ResponderEliminarSera que o anonimo nao percebe bem o portugues ou e um curto mental?
A afirmacao que eu fiz: "As eleicoes de 2001 provaram que pouco menos de metade da populacao nao e da fretilin." esta correctissima.
Afinal a Fretilin ganhou ou nao com 57.3% como este idiota acaba mesmo de confirmar?
Agora que o resto que nao seja da fretilin esteja fragmentada em varios partidos e outra coisa. De qualquer das maneiras de nada retirada o merito dessa afirmacao porque a mesma foi feita no sentido de dizer que nao foi a fretilin que conquistou a independencia porque Timor nao seria independente se o resto nao tivesse votado tambem pela independencia.
Com comentaristas como este so podem mesmo ganhar pela forca bruta. Meu Deus! Mais um estratega para a campanha de "inteligencia" anunciada pelo Mari Alkatiri. "Hello darkness my old friend,..."
As pessoas ate votaram pelo symbolo da CNRT que significava independencia. Foi muito bem visto porque imaginem o que seria se tivessem utilizado o simbolo da fretilin.
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