A história dos ultimos meses ainda não está totalmente escrita. O golpe de Estado está praticamente consumado, flat apenas a condenação de Mari Alkatiri.
Pese embora os esforços de Jose Ramos Horta e de Xanana Gusmao em tentarem mostrar ao mundo que a situação que se vive hoje é melhor da de ontem, ninguem acredita. E ninguém acredita pela simples razão de a orquestração de Xanana, de Jose Ramos Horta dos australianos e dos americanos não deixa margem para quaisquer equívocos. Meramente uma questão de tempo até ao apurar da verdade que ninguém, mas mesmo ninguém conseguirá alterar.
O golpe de Estado não está consumado, mas sim em vias de consumação.
A mentira de Xanana e de Horta são crueis e o futuro imediato irá dar-lhes a verdadeira dimensão de lesa pátria. Outros s seguirão que ajudaram a instrumentalizar os desertores, os rebeldes e os traitores dentro e fora da FRETILIN.
A apetência pelo poder levou a este estado de situação que se atravessa no país.
A demonstração de cumplicidade entre Xanana Gusmão e os australianos e de Horta com todos os anglosaxónicos não é de agora. Estamos no maior tabuleiro dos interesses económicos de posicionamento nos recursos de energias não renováveis e Timor-Leste está no meio dos poderosos como sempre.
Para Timor-Leste a aproximação clara e sem ambiguidades deve ser feita pela verdade da sua posição geoestratégica, está "dentro" da Indonésia - mais igual em tudo ao povo timorense - e deve aproveitar essa questão para estabelecer equilibrios pontuais mas seguros. Os anglosaxónicos são hoje parte do outro "eixo do mal" - são os promotores da conflitualidade e instabilidade mundiais ao armarem-se em patrões do mundo que alteram as ordens geográficas a seu belo prazer.
Não se trata d eum discurso contra os interesses americanos, mas sim contra os americanos na forma como conduzem os mais pobres na senda da destruição colectiva. A esta forma de agir só se aplica o termo confundir para reinar.
Timor-Leste está no meio desta questão conflituosa da nova era da guerra fria. Hoje assistimos a um desabar do tecto do mundo numa caminhada sem regresso numa avalanche de interrogações sobre quem é amigo de quem e até quando.
Timor-Leste é mais uma vez previsivel na forma como se deixa controlar, quais títeres sem vida.
A infelicidade timorense será ainda maior quando o povo perceber em definitivo as intenções de quem comanda esta guerra interna e a forma como se tirou do cargo aquele que menos convinha aos anglosaxónicos.
Mari Alkatiri provará a sua inocência, mas Timor-Leste irá perder mais consideração do que a já perdida ao tentarem inverter a lógica dos tribunais.
Contudo, deve dizer-se aqui que o que se aguarda é a reviravolta no processo. Os acusados passarão a acusadores com base na Constituição da República. Muitos são os que têm neste momento garantias que tal não sucederá e que a nova ordem vingará com um governo de Unidade Nacional ou outro que não a FRETILIN - pois Xanana e Horta, Mario Carrascalão e Fernando Lasama têm as tropas espalhadas pelo país com os seus comandantes a gozarem da protecção governamental e presidencial que agirão junto das populações na campanha eleitoral.
A história timorense está envergonhada com o contributo de Xanana Gusmão e de Jose Ramos Horta - ambos espetaram a espada bem fundo no coração da Democracia de Timor-Leste.
É pena.
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Essa é uma das visões possíveis. Propalada desde sempre neste mesmo fórum bem como noutros.
ResponderEliminarAcontece que se se provar que afinal o Governo se usou dos aparelhos militares, meu caro amigo, não há escape político. Legal talvez pois entre os "colarinhos-brancos" poucos são os que estão presos - seja lá em que país for.
Agora coloco sérias dúvidas que Xanana Gusmão tenha que engolir o sapo para se calar. Não se justificaria a declaração de 22 de Junho. Mas ela saiu e foi ouvida.
Sigam o processo até ao seu final!
M: tenha calma, que o que estão a fazer agora já fizeram nas eleições em 2001 e meia dúzia de meses depois do Governo da Fretilin ter sido empossado em Dezembro de 2002 já a Igreja orgaizava manifestações que duraram três semanas e as mesmas se repetiram em 2005. Até se pode dizer que o mais que os Timorenses têm tido desde sempre é esta propaganda baratucha das suas "elites" que pensam que têm o direito divino e exclusivo de pastorear a plebe. Claro que agora com as tropas australianas a proteger-lhes as costas e as golpaças a situação é mais complicada, mas a Fretilin já provou que sabe organizar e esclarecer a população e ganhar-lhe a confiança. Agora a luta é mais difícil mas não está derrotada. Só estaria se desistissem de lutar. Mas tal como os timorenses, a Fretilin é resiliente. Verá que a luta em Timor-Leste vai continuar.
ResponderEliminarA luta vai e deve continuar sim mas contra a pobreza, o desemprego, o analfabetismo, as tendencias de poder absoluto que o antigo governo demonstrou sobejamente, e nao para teimosamente e a todo o custo empoleirar os mesmos que nao souberam governar. (pelo menos no que diz respeito a estabilidade e seguranca do povo).
ResponderEliminarO povo esta farto da arrogancia politica que visa perpetuar o poder de governar 50-100 anos. O povo e resiliente mas nao e parvo e sabe reconhecer quem os falhou e nao ira permitir mais uma vez que os interesses de um partido politico se sobreponha aos do bem estar da nacao.
Esperem pelas eleicoes e logo verao!
Mas a pedir eleições na hora certa em clima de serenidade é o que o Mari Alkatiri e a Fretilin não pararam ainda de pedir. Quem queria tudo à pressa e de qualquer maneira (já em Novembro, lembra-se?) era o seu PR. Quem está fartinha de desejar que as eleições se façam conforme as normas tenho sido eu e mais uns tantos outros por aqui e já há bastante tempo. Sim venham as eleições em clima de serenidade e de paz. Por isso mesmo é necessário agir contra os vândalos que apedrejam os do leste e que andam aos tiros pelas montanhas para assustar os habitantes. Quando é que o PGR achama o Alfredo, o Tara, o Salsinha, o Railós e o Tilman para interrogatórios? Quando é que lhes levanta um inquérito pelos mortos, feridos, incêndios, pilhagens e destruições que provocaram? Como é que alguém acredita que com estes vândalos à solta o povo regressa a casa? Como é que é possível fazer-se uma campanha eleitoral normal com 150,000 Timorenses deslocados?
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