Tradução da Margarida:
“No ano passado a decisão do Governo do Dr. Alkatiri de retirar do curriculo a educação religiosa provocou manifestações apoiadas pela Igreja. O clero católico pediu a sua resignação.”
A decisão não foi retirar a religião do curriculo , mas sim fazê-lo uma disciplina extra-curricular e não obrigatória nas escolas estatais. O aluno pode escolher ou não a disciplina, se querem ter religião como disciplina na escola (contudo nas escolas católicas a disciplina é ainda obrigatória, é compreensível).
Só para corrigir.
A coisa não é só para corrigir... mas admita-se que bem mais outra burrice por parte do Governo.
ResponderEliminarSabendo como deveria saber que tem uma população quase totalmente católica, repare-se afinal como o inteligente partido maioritário experimenta tomar tal medida. Ao abrigo de se ver que afinal a Igreja está a ser retrógada ao ter agido como o fez?!
Hum?! Está complicado?
Anónimo das 4:41:57 AM: e eu a pensar que ia elogiar uma medida que já está na tão gabada constituição dos USA há mais de 250 anos e que tão propagandeada tem sido por todos os defensores da democracia, liberdade e separação da Igreja e do Estado, mas afinal, diz-me que é tão somente mais uma "burrice do Governo"! Ah!
ResponderEliminarESCLARECIMENTO
ResponderEliminarA Constituição timorense diz:
Art-2º
O Estado subordina-se à Constituição e às leis.
Art-45º
A toda a pessoa é assegurada a liberdade de consciência, de religião e de culto, encontrando-se as confissões religiosas separadas do Estado.
O Governo ao considerar a disciplina de Religião e Moral facultativa apenas deu cumprimento ao queé estabelecido na Constituição.
Se assim não fosse a lei seria inconstitucional.
Neste caso dito polémico a Igreja ou é ignorante ou quis parecer e não passou de mais uma manobra populista tão utilizada em Timor.
Quem conhece a Igreja de Timor sabe que não é ignorante.
Em qualquer país democrático não se pode beneficiar uma religião só porque é maioritária.
ResponderEliminarEntão o governo teria que considerar obrigatórias as disciplinas de cada uma das religiões existentes em Timor.
2005-04-23
ResponderEliminarIgreja quer Estado Confessional em Timor Leste
D. Ximenes Belo, Bispo de Dili ( hoje, às 22h, na RTP 2) a propósito das manifestações que a Igreja em Timor organiza há dois meses contra o Governo - aconselhava, numa tentativa conciliatória, uma de duas medidas para resolver a grave situação criada no país pelo clero local.
Uma - O Governo recuava e anulava a decisão (passar de obrigatória a facultativa a disciplina de Religião no ensino público) que está na origem desta última movimentação da Igreja contra o Governo.
Outra - o Governo dividia a disciplina em duas: Educação Moral ou Ética e Religião. Mantinha obrigatótória a primeira e "optativa" a segunda.
Com a primeira o Bispo Ximenes Belo punha-se ao lado da Igreja, contrariando a Constituição que prevê a separação entre o Estado e as religiões e derrotava o Governo democraticamente eleito. Com a segunda o prémio Nobel fazia o contrário. Punha-se do lado do Estado de Direito e derrotava a conspiração do clero.
Porque, na realidade a Igreja em Timor Leste não quer saber de uma qualquer disciplina de Moral ou Ética, quer é o ensino da religião católica obrigatória na escola pública que lhe permita manter e aumentar o controle espiritual (e com ele o temporal) da população.
A Igreja Católica tenta há dois meses vergar ou se possível derrubar com manifestações na rua o Governo eleito nas urnas.
PORQUE ESTARIA A IGREJA DESCONTENTE?
ResponderEliminarTimor-Leste quer assinar Concordata com Vaticano
Governo de Timor-Leste pretende regular e alargar as relações com a Santa Sé.
O governo timorense está interessado em assinar uma Concordata com o Vaticano para regular as relações entre os dois Estados, disse hoje à agência Lusa o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.
Olímpio Branco, que falava no final da cerimónia de apresentação de credenciais do novo Núncio Apostólico, salientou ainda o interesse das autoridades timorenses em que a igreja católica alargue ao ensino universitário, com a criação da Universidade Católica, a intervenção que mantém já nos restantes níveis de ensino.
Agência Ecclesia , 20-12-2004
Como republicano apóio a separação entre Estado e Igreja; aparentemente é racional... justo. Talvez a Igreja veja em TL uma oportunidade de construir uma sociedade distante do "materialismo científico" de Marx, e do capitalismo ateu à americana.
ResponderEliminarMeus amigos,
Deixar o aluno ou a família optar pelo estudo da religião em um mundo onde se prega o tempo todo um consumismo desregrado, onde no lugar de Deus se coloca o dinheiro é de grande ingenuidade. Tudo leva a crer que este aluno deixe de lado a religião até para ter mais tempo para jogar bola, namorar, ver TV, etc.
Deixem a Igreja oferecer o seu projeto social!
Se tem coisa falhada neste mundo é esta sociedade capitalista em que vivemos. Talvez a Igreja tenha outra proposta. Vamos ouví-la!
Alfredo
Brasil