sexta-feira, junho 02, 2006

Governo analisará eventual pedido de envio de militares - Amado

Lisboa, 01 Jun (Lusa) - O ministro da Defesa, Luís Amado, afirmou hoje que o Governo está disponível para "analisar" um eventual pedido das autoridades timorenses para o envio de militares das Forças Armadas para o país.
"O pedido foi específico para o envio de GNR (Ó) Se nos for solicitado mais tarde ou em outra circunstância [o envio de militares das Forças Armadas] esse pedido será analisado", disse Luís Amado, no final da reunião de Conselho de Ministros.
O titular da pasta da Defesa sublinhou ainda que um eventual pedido para o envio de militares das Forças Armadas "será sempre decidido tendo em conta o espírito de solidariedade" que une Portugal a Timor-Leste.
Afirmando que o contacto directo com as autoridades timorenses "é primordial" para as decisões, Luís Amado reiterou que o pedido específico feito por Díli foi de um contingente da GNR.
"Mas estamos naturalmente sempre disponíveis para responder com o envio de Forças Armadas para os diferentes teatros", reforçou.
Os 120 militares da GNR deverão partir para Timor-Leste na sexta-feira de manhã do Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa.
A missão, que não integra mulheres por questões de alojamento, será comandada pelo capitão Carvalho, que já chefiou missões da GNR no Iraque e em Timor-Leste.
Em Díli estão já os reforços do Grupo de Operações Especiais da PSP, que, além da missão inicial de protecção dos portugueses e da embaixada de Portugal, são agora também responsáveis pela protecção pessoal do chefe da missão da ONU em Timor-Leste.
Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos.
A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F-FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, que provocaram vários mortos, as autoridades timorenses solicitaram a ajuda militar e policial à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a ordem.
A Austrália foi o primeiro país a responder ao pedido, tendo já enviado 1.800 soldados para Timor-Leste, onde se encontram também entre 200 e 250 efectivos da Malásia.
PGF/FC.
Lusa/Fim

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