sexta-feira, junho 02, 2006

GNR ao serviço de PR e PM sem interferência de países terceiros

Luxemburgo, 01 Jun (Lusa) - O ministro da Administração Interna português esclareceu hoje, no Luxemburgo, que a força da GNR enviada para Timor-Leste irá agir em missões definidas pelos órgãos de soberania desse estado sem interferência de países terceiros.

"O comando operacional é da GNR subordinado hierarquicamente ao governo português e exercido segundo as missões fixadas pelo presidente da República e primeiro-ministro de Timor-Leste", disse António Costa à margem de uma reunião da União Europeia.

O responsável governamental insistiu na ideia da necessidade de a "sociedade timorense" compreender que a missão da GNR "não está ao serviço desta ou daquela facção".

António Costa precisou que a adenda ao acordo inicial, assinada hoje por Díli e Lisboa, garante que as forças portugueses não fiquem, no futuro, dependentes "de mais nenhuma outra entidade de Timor-Leste ou de nenhuma outra entidade de qualquer outro país".

"Foi só útil confirmar que o que foi assinado com o Governo português se mantinha válido e que nada que fosse acordado com outros governos era oponível ao governo português ou alterava aquilo acordado entre a República portuguesa e a República Democrática de Timor- Leste", insistiu.

O jornal Público noticia hoje que a missão da GNR "esteve prestes a ser cancelada" porque um acordo assinado pelo chefe da diplomacia timorense, José Ramos-Horta, dava o comando operacional às forças australianas.

Entretanto, fontes diplomáticas disseram à Lusa que Portugal e a Malásia comunicaram às autoridades timorenses que só avançariam com as suas tropas "se ficasse claro que não haveria zonas restritas do exército australiano".

"A única coisa que podemos dizer é que os homens que partem amanhã estarão lá quatro meses e estão preparadas condições de haver rotação do pessoal, se isso se vier a verificar", explicou o António Costa.

"Seria muito bom sinal se essa rotação não fosse necessária", concluiu.
FPB.
Lusa/Fim

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