sexta-feira, junho 16, 2006

Dos leitores


O que importava na altura e estava em causa era a autoridade democratica do poder politico que estava a ser desafiada por militares ou ex-militares amotinados e em manifestacao extemporanea, pelo que havia uma necessidade imperiosa e inadiavel de se afirmar a autoridade do Estado. Accionou-se o mecanismo adequado (Gabinete de Crise)e foram dadas as ordens que se impunham. O facto de ficarem pessoas mortas no terreno, conquanto altamente lamentavel, nao retira legitimidade, muito menos legalidade, na accao encetada pelo Governo cujo objectivo ultimo era e continua sendo o de repor a ordem interna, prerrogativa natural de qualquer Estado, ainda por cima soberano e independente. Fazer disso um bicho de sete cabecas nao constitui senao uma manobra mal disfarcada de manipular a opiniao publica nacional e internacional contra um Governo com legitimidade politica, legal, e historica, com vista a inverter a ordem institucional e constitucional e assim colocar-se no poder um regime docil e aberto a intereses avessos a vontade popular expressa nas urnas.

ja ouviu falar de alguma Comissao Internacional para investigar os crimes de Guantanamo ou de Abu Graib no Iraque? Por que razao teremos que viver com base na filosofia dos dois pesos e duas medidas para pressupostos identicos? Sejam honestos, pelo menos intelectualmente, meus senhores?

1 comentário:

  1. Quando a afirmação da autoridade de um Estado tem as soluções que este teve... nada mais há de facto a dizer. Demitam-se mas é meus senhores! É de facto vergonhoso.

    Vai ser uma chatice pegada ver os responsáveis serem levados à justiça. Esperemos que a Justiça em Timor-Leste não esteja a soldo do Governo, não seria nada imparcial.

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