enquanto a RENETIL vai fazendo tais apelos, vai tambem criando documentos falsos a atacar o actual chefe do governo... e sao esses que vem com exigencias???
Lembro só que uma das primeiras acções que se seguem a um golpe de Estado reaccionário é ilegalizar os partidos políticos, caçar os seus militantes à bala e incendiar as suas sedes. E essa mesmíssima reivindicação (de despartidarização) é geralmente uma das que o precedem. Lembram-se do Chili? Lembram-se da Indonésia? Lembram-se da Argentina? Lembram-se do 28 de Maio em Portugal? E lembram-se do terror, da miséria, das injustiças, dos ódios, do sangue que todos estes golpes causaram? É bom que tenhamos memória, para tudo fazer que esses golpes não se repitam.
Cara Margarida, não parece que seja essa a ideia adjacente à palavra despartidarizar no contexto que foi escrita. Concordo perfeitamente com o que disse da sua despartidarização citando a história mas aquela mensagem não contempla a defesa que tomou.
A questão é mesmo outra.
Soa a que era mais no sentido que foi usado na montanha... despartidarizar... se é que agora entende. E desculpe o abuso, é retórica, mas a prova dessa despartidirização até se pode ver no "abuso" que é ver-se afinal um partido que até tinha maioria de delegados ter tido a necessidade - em plena crise - de ter dentro da própria casa usado de método de votação nada mas mesmo nada democrático.
Certamente que não concorda como não concordarão todos aqueles que defendem exactamente o procedimento usado mas sinceramente, com tal acto, não acha que deixaram a porta aberta para, aí sim, aparecer a dúvida sobre a dimensão democrática dos seus intervenientes? Confesse que também aí não houve tacto político. Ou saberia a FRETILIN que adoptando tal atitude iria ter mais vantagem?
Se a teve, perguntava (embora claro isso não seja possível por nenhuma Constituição o permitir): e pedindo a um povo para votar quem quer eleger de braço no ar?
Não é possível claro. Baralharam tudo.
Quanto ao "para tudo fazer que esses golpes não se repitam.", veja lá bem como lidou a classe política com as questões internas de uma estrutura do Estado de extrema importância e como continua ela a lidar perante as vergonhosas versões e desenvolvimentos, fazendo o Governo passar a mensagem de que tudo não passa de golpistas a tentar derrubá-lo. A única coisa que se ouviu foi os "golpitas" dizerem que querem a saída do sr. Mari Alkatiri.
Ele já disse que não sairia! E agora? Haverá certamente uma solução. Impressiona é que se tenha chegado aqui... é lamentável e espera-se que se apurem responsabilidades no quadro da Constituição e os culpados devem responder através da Lei.
Não vejo, nem quero ver que a coisa seja de outro modo.
Não se esqueça é que a responsabilidade é política ao mais alto nível e aí veremos que lições se aprendem...
Anónimo das 12:01 AM: Eu mando na minha casa e nunca admitia que fossem os de fora a mandar nela. Considero a Fretilin a casa dos seus militantes, entendo que só a eles e rigorosamente a mais ninguém compete decidir em todos os assuntos que lhe dizem respeito.
Quanto à escolha de deputados aí já é diferente. Havendo vários partidos – vários representantes de partes da sociedade, com os interesses particulares de cada uma dessas partes – ter-se-ia que ir para a votação na urna. Mas, nos partidos, ambos os métodos, na minha opinião, são admissíveis, o Congresso é soberano para decidir e o Congresso da Fretilin decidiu como bem entendeu e está decidido.
Quanto ao que o PM disse, o que eu li, e por mais de uma vez, é que ele só se demitia se a Fretilin lhe pedisse, mas que enquanto tiver a confiança da Fretilin não a defraudaria. Ora, tendo-o eleito por 97% no Congresso e tendo o Comité Central da Fretilin votado por unanimidade a confiança no seu desempenho no governo, ele será em 2007, novamente, o candidato da Fretilin para PM. E se a Fretilin tiver a maioria da confiança popular ele será novamente PM.
Em democracia é assim: é o voto quem mais ordena. E se o Mari Alkatiri conseguiu esses resultados é porque os militantes do seu partido vêem com bons olhos o seu desempenho à frente do Governo, e se a Fretilin obtiver novamente a maioria é porque também a maioria dos eleitores acha a Fretilin mais credível que as alternativas.
Porque nestas questões há sempre duas coisas que jogam: a credibilidade duns e a falta de credibilidade dos outros.
E o que tenho lido do que as oposições por aí têm dito e feito é de arrepiar.
Às vezes nem sabem distinguir casos de polícia de casos de política. Espero que por um lado a polícia aja quando é a lei e a ordem que estão em causa, mas também espero que os políticos da oposição comecem a agir enquanto políticos, pois é coisa que não se tem visto.
enquanto a RENETIL vai fazendo tais apelos, vai tambem criando documentos falsos a atacar o actual chefe do governo... e sao esses que vem com exigencias???
ResponderEliminarMinistros Rui Araujo, Arsenio Bano e vice ministra Odete Victor antigamente eram membros efectivos da RENETIL
ResponderEliminarLembro só que uma das primeiras acções que se seguem a um golpe de Estado reaccionário é ilegalizar os partidos políticos, caçar os seus militantes à bala e incendiar as suas sedes. E essa mesmíssima reivindicação (de despartidarização) é geralmente uma das que o precedem. Lembram-se do Chili? Lembram-se da Indonésia? Lembram-se da Argentina? Lembram-se do 28 de Maio em Portugal? E lembram-se do terror, da miséria, das injustiças, dos ódios, do sangue que todos estes golpes causaram? É bom que tenhamos memória, para tudo fazer que esses golpes não se repitam.
ResponderEliminarCara Margarida, não parece que seja essa a ideia adjacente à palavra despartidarizar no contexto que foi escrita. Concordo perfeitamente com o que disse da sua despartidarização citando a história mas aquela mensagem não contempla a defesa que tomou.
ResponderEliminarA questão é mesmo outra.
Soa a que era mais no sentido que foi usado na montanha... despartidarizar... se é que agora entende. E desculpe o abuso, é retórica, mas a prova dessa despartidirização até se pode ver no "abuso" que é ver-se afinal um partido que até tinha maioria de delegados ter tido a necessidade - em plena crise - de ter dentro da própria casa usado de método de votação nada mas mesmo nada democrático.
Certamente que não concorda como não concordarão todos aqueles que defendem exactamente o procedimento usado mas sinceramente, com tal acto, não acha que deixaram a porta aberta para, aí sim, aparecer a dúvida sobre a dimensão democrática dos seus intervenientes? Confesse que também aí não houve tacto político. Ou saberia a FRETILIN que adoptando tal atitude iria ter mais vantagem?
Se a teve, perguntava (embora claro isso não seja possível por nenhuma Constituição o permitir): e pedindo a um povo para votar quem quer eleger de braço no ar?
Não é possível claro. Baralharam tudo.
Quanto ao "para tudo fazer que esses golpes não se repitam.", veja lá bem como lidou a classe política com as questões internas de uma estrutura do Estado de extrema importância e como continua ela a lidar perante as vergonhosas versões e desenvolvimentos, fazendo o Governo passar a mensagem de que tudo não passa de golpistas a tentar derrubá-lo. A única coisa que se ouviu foi os "golpitas" dizerem que querem a saída do sr. Mari Alkatiri.
Ele já disse que não sairia! E agora? Haverá certamente uma solução. Impressiona é que se tenha chegado aqui... é lamentável e espera-se que se apurem responsabilidades no quadro da Constituição e os culpados devem responder através da Lei.
Não vejo, nem quero ver que a coisa seja de outro modo.
Não se esqueça é que a responsabilidade é política ao mais alto nível e aí veremos que lições se aprendem...
Anónimo das 12:01 AM: Eu mando na minha casa e nunca admitia que fossem os de fora a mandar nela. Considero a Fretilin a casa dos seus militantes, entendo que só a eles e rigorosamente a mais ninguém compete decidir em todos os assuntos que lhe dizem respeito.
ResponderEliminarQuanto à escolha de deputados aí já é diferente. Havendo vários partidos – vários representantes de partes da sociedade, com os interesses particulares de cada uma dessas partes – ter-se-ia que ir para a votação na urna. Mas, nos partidos, ambos os métodos, na minha opinião, são admissíveis, o Congresso é soberano para decidir e o Congresso da Fretilin decidiu como bem entendeu e está decidido.
Quanto ao que o PM disse, o que eu li, e por mais de uma vez, é que ele só se demitia se a Fretilin lhe pedisse, mas que enquanto tiver a confiança da Fretilin não a defraudaria. Ora, tendo-o eleito por 97% no Congresso e tendo o Comité Central da Fretilin votado por unanimidade a confiança no seu desempenho no governo, ele será em 2007, novamente, o candidato da Fretilin para PM. E se a Fretilin tiver a maioria da confiança popular ele será novamente PM.
Em democracia é assim: é o voto quem mais ordena. E se o Mari Alkatiri conseguiu esses resultados é porque os militantes do seu partido vêem com bons olhos o seu desempenho à frente do Governo, e se a Fretilin obtiver novamente a maioria é porque também a maioria dos eleitores acha a Fretilin mais credível que as alternativas.
Porque nestas questões há sempre duas coisas que jogam: a credibilidade duns e a falta de credibilidade dos outros.
E o que tenho lido do que as oposições por aí têm dito e feito é de arrepiar.
Às vezes nem sabem distinguir casos de polícia de casos de política. Espero que por um lado a polícia aja quando é a lei e a ordem que estão em causa, mas também espero que os políticos da oposição comecem a agir enquanto políticos, pois é coisa que não se tem visto.