Lisboa, 29 Mai (Lusa) - O comandante do grupo de operações especiais (G OE) da PSP, Maginha da Silva, realçou hoje que "não há cidadãos nacionais" em Ti mor-Leste que tenham sofrido danos à sua "integridade física" desde que eclodira m os distúrbios naquele território.
Maginha da Silva falava numa conferência de imprensa para apresentar um balanço da actividade operacional que os GOE têm realizado em Timor-Leste desde que chegaram ao território para assegurar a protecção da embaixada, do pessoal diplomático e dos portugueses que residem na antiga colónia portuguesa.
O primeiro grupo de elementos dos GOE chegou a Timor-Leste a 09 de Maio , tendo seguido mais oito elementos no dia 25 de Maio.
Recentemente os GOE viram-lhes atribuída uma nova missão: assegurar a p rotecção do chefe da missão da ONU em Timor-Leste.
Nos últimos cinco dias, referiu Maginha da Silva, foram realizadas quat ro operações de transporte de portugueses para o aeroporto, tendo ainda esta for ça de operações especiais da PSP respondido a 27 pedidos de auxílio de cidadãos nacionais, provocados por distúrbios nas imediaçóes dos locais onde vivem ou tra balhem.
Na presença do ministro da Administração Interna, António Costa, Maginh a da Silva pormenorizou que os elementos dos GOE participaram ainda em 26 desloc ações de cidadãos nacionais e em oito operações de segurança na deslocação de pe ssoal diplomático.
Durante o encontro com os jornalistas, Maginha da Silva entrou em conta cto, via telemóvel, em alta voz, com o sub-comissário Abel Batalha, dos GOE em T imor-Leste, tendo este relatado que às 00:30 deslocaram duas equipas para o loca l de residência de um português porque, nas imediações, se registaram distúrbios .
As equipas conseguiram serenar os ânimos e apreender duas catanas e uma matraca.
Segundo Abel Batalha, quando se apercebe que há distúrbios nas imediaçõ es, a comunidade portuguesa telefonema para os elementos do GOE e esta força, de ntro das limitações terreno, tenta actuar o mais rapidamente possível.
O ministro António Costa agradeceu ao intendente Maginha da Silva e a t odo o pessoal do GOE pela forma como têm cumprido esta "missão de elevado risco" .
Segundo António Costa, os GOE "têm honrado Portugal e contribuído para manter a confiança dos portugueses que permanecem em Díli".
O ministro enfatizou que a comunidade portuguesa é aquela que mais "tem resistido" em permancer no território, apesar dos distúrbios verificados.
Quanto a um plano de evacuação dos portugueses, num cenário de agravame nto da situação, António Costa explicou que essa avaliação caberá ao Ministro do s Negócios Estrangeiros, muito embora, conforme explicou Maginha da Silva, essa avaliação deva incluir uma consulta técnica aos GOE.
Há 500 cidadãos nacionais em Timor-Leste, sendo que 40 tomaram a inicia tiva de sair, embora muitos o tenham feito porque já tinham férias marcadas, jus tificou Maginha da Silva.
O comandante dos GOE adiantou que há muitos poucos portugueses fora de Díli, uma vez que a maioria se concentrou na capital timorense.
FC/HM.
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