terça-feira, maio 30, 2006

Carta do Assessor do Primeiro-Ministro

Camaradas:

O meu corpo está a dizer que atingiu o seu limite.
Quando há três semanas rompi o gémeo, foi-me recomendado descanso. Como todos nós, pouco tenho tido.

Continuei a trabalhar. Mais jornalistas, mais comunicados, mais declarações.

Por lealdade ao primeiro-ministro mas tambémpor convicção.

Na quarta-feira caótica, uma rajada esporádica disparada para o ar à portado Hotel Timor obrigou-me a correr, sem as muletas.

A lesão agravou-se.

Depois vieram as dores nas costas, companhia contínua nos últimos dias. A juntar ao stress e à tensão.

Por tudo isto, neste momento, por muito que me custe, a minha saúde obriga-me a sair de Timor-Leste.

Faço-o com um sentimento de enorme tristeza– foi-me extremamente difícil dizer ao primeiro-ministro que vou a Portugal tratar-me –, lágrimas nos olhos, dominado pela sensação de estar à beira do meu limite físico.

Mas saio com a certeza de que, daqui a um mês, quando já não precisar das muletas e estiver recuperado, aqui regressarei, esperançado em que os irmãos timorenses, à frente das suas divergências e diferenças – que as têm –tenham entretanto posto o interesse colectivo de fazer construir um Estado independente, a promoção do progresso económico e do desenvolvimento, e,acima de tudo, o combate à pobreza.

Tenho fé.

Para os que com coragem e convicção aqui vão continuar, deixo-vos o meu mais forte abraço. E uma certeza: a luta continua!

Até logo.

Rui Flores
Assessor de Imprensa do Primeiro-Ministro

6 comentários:

  1. RUI,
    Esperamos por ti.
    Rapidas melhoras.
    Um abracao forte. Bjinhos a Natacha e menina linda, Monica

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  2. Rui,
    Um grande abraço e rápidas melhoras, descansa que quando voltares isto já está "controlado" (esperamos que sim...).

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  3. Já sentimos falta das tuas sonoras gragalhadas a ecoarem pela entrada do Hotel Timor.

    As melhoras e volta rápido.

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  4. Rato? Alguém falou em ratos a abandonar o navio?

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  5. Será que ele foi buscar a GNR?

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  6. Rui,

    Trata de ti e regressa depressa. A procissão vai no adro...

    Um forte abraço!

    Malai em Lisboa

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