Díli, 30 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense recusou-se hoje a comentar a sugestão do Presidente Xanana Gusmão para demitir os ministros da Defesa e Interior, por se tratar de uma assunto da "competência exclusiva do governo".
"O primeiro-ministro recusa-se a comentar essa declaração do Presidente da República que foi feita à margem da declaração emanada da reunião do Conselho de Estado", disse à Lusa um porta-voz oficial do chefe do governo.
"O primeiro-ministro considera que esse é uma tema da competência exclusiva do governo", afirmou.
O primeiro-ministro subscreve, no entanto, na íntegra o conteúdo da declaração lida hoje por Xanana Gusmão, disse a fonte, explicando que o documento foi redigido conjuntamente por técnicos da Presidência da República e do Governo.
O porta-voz precisou que a preparação do documento foi conduzida pelo constitucionalista português Pedro Bacelar de Vasconcelos, conselheiro do presidente Xanana Gusmão e que está em Timor-Leste.
Na elaboração do documento participaram ainda o jurista da Presidência da República, Fransciso de La Torre, o vice-ministro dos Recursos Naturais, Minerais e Política Energética, José Teixeira, e José Guterres, jurista e chefe de gabinete de Mari Alkatiri.
No final da reunião de dois dias do Conselho de Estado, o órgão de consulta do Presidente da República, Xanana Gusmão anunciou hoje ter assumido a "responsabilidade principal" pelas áreas de defesa e segurança e decretou "medidas de emergência" para pôr termo à violência no país.
Além dos aspectos contidos na declaração lida pelo Presidente, Xanana Gusmão disse que aconselhou o primeiro-ministro a demitir os ministros da Defesa, Roque Rodrigues, e do Interior, Rogério Lobato, por considerar que aqueles ministérios devem ter "novas pessoas" para lidar com a crise em Timor-Leste.
"Aconselhei o primeiro-ministro [Mari Alkatiri] a considerar que os dois ministérios devem ter novas pessoas, novos elementos para lidar com a actual situação de crise", afirmou Xanana Gusmão.
ASP.
Tudo tem a sua explicação...
ResponderEliminarCanberra (ASUL), 30 de Maio do ano da Graça do senhor de 2006 - O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexandrinho Dauner, justificou com dificuldades orçamentais e com questões ambientais o facto de os militares australianos não estarem a disparar tiros para o ar para dispersar os "f. da p." dos rapazolas timorenses que insistem em pilhar e queimar casas, lojas, etc.
O que se passa é que cada soldado australiano tem distribuídas apenas 10 balas e tem instruções rigorosas para, quando as disparar para o ar, tem de as recuperar para utilizar novamente; como os soldados têm medo de ser apanhados na mesma posição que levou a Alemanha à derrota na IIªGG, não as disparam.
Além disso há também preocupações ambientais pois, como se sabe,
- certos timorenses são como os Masai da Tanzânia e Quénia pois gostam muito de saltar e, mesmo, voar, podendo ser atingidos;
- Timor Leste é reconhecidamente uma importante rota de migração de aves e estas não devem ser incomodadas na sua viagem."
AS/MA
Malai Azul, pf, ponha na 'linha' a declaração final do Conselho de Estado. O relato da Lusa não pode estar certo.
ResponderEliminarMais colaboração sr. PM!
ResponderEliminarAlfredo
Brasil
Senhor PR e se aonselhasse o exército australiano a actuar?!
ResponderEliminarParece-me mais adequado ao momento!
Fransciso de La Torre ,jurista da Presidência da República?!
ResponderEliminarAgora já se entende tanta asneira do PR... com acessores destes!
"responsabilidade principal" pelas áreas de defesa e segurança e decretou "medidas de emergência" para pôr termo à violência no país.
ResponderEliminarLá vai o PR para a rua apertar a mão aos rapazes dos gangs e elogiar a actuação dos "aussies"...
"ministérios devem ter novas pessoas, novos elementos"
ResponderEliminarDe acordo. O Gabinete do PR também, talvez...
"preparação do documento foi conduzida pelo constitucionalista português Pedro Bacelar de Vasconcelos, conselheiro do presidente Xanana Gusmão e que está em Timor-Leste"
ResponderEliminarUma pedra no sapato dos australianos. Cuidado Prof. Pedro Bacelar..
"O primeiro-ministro recusa-se a comentar essa declaração do Presidente da República que foi feita à margem da declaração emanada da reunião do Conselho de Estado"
ResponderEliminar"O primeiro-ministro considera que esse é uma tema da competência exclusiva do governo", afirmou.
Lá está, é bom o PM, à altura de um grande politico... será que todos pedem a sua demissão porque é mesmo bom?!
Só o facto de o governo australiano e americano não gostarem dele para mim já é suficiente. O PM é bom mesmo!
ResponderEliminarEntendo a "precocupação" do PR com os ministros da defesa e do interior.
ResponderEliminarSó não entendo é porque não está "preocupado" com o Procurador Geral.