quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Visita de José Sócrates ainda por confirmar

Díli, 11 Fev (Lusa) - A visita do primeiro-ministro, José Sócrates, a Timor-Leste, prevista para Maio, “não está ainda confirmada” por questões de agenda, afirmou hoje em Díli o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado.

“Vamos ver se há condições para que essa visita se faça. A agenda interna do (nosso) país é muito intensa”, declarou Luís Amado no final de um encontro com o Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.

“Vamos ter três eleições em 2009. Temos problemas muito sérios relacionados também com o desenvolvimento da crise económica e financeira, que devem ser acompanhados por todo o Governo e pelo primeiro-ministro em particular”, sublinhou o ministro, que chegou hoje a Díli para uma visita oficial de 48 horas.

No encontro com José Ramos-Horta, Luís Amado teve oportunidade de ouvir do chefe de Estado a evolução de Timor-Leste após os ataques de há um ano que quase provocaram a morte do Presidente da República.

Também o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, sobreviveu a uma emboscada nesse mesmo dia.

O primeiro encontro de Luís Amado em Díli ocorreu precisamente um ano depois de Ramos-Horta ter sido gravemente ferido a tiro na sua residência em Díli, num ataque em que morreram o major Alfredo Reinado e um soldado que o acompanhava.

O chefe da diplomacia portuguesa discutiu com José Ramos-Horta os “temas essenciais” da cooperação bilateral, incluindo a capacitação institucional de Timor-Leste nos sectores da defesa, segurança e educação.

“Falámos dos problemas da região, que tem grande importância nas questões que se prendem com a crise económica internacional”, afirmou Luís Amado.

O ministro português vai assinar quinta-feira um memorando de entendimento para a criação de um mecanismo de consultas políticas com Timor-Leste.

O programa da visita de Luís Amado inclui também encontros com o líder da oposição e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, com o bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, com o representante interino do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, e com a comunidade portuguesa.

Luís Amado visitará ainda a Escola Portuguesa de Díli, o aquartelamento da Guarda Nacional Republicana, uma das unidades autónomas da Polícia da Nações Unidas (UNPOL), e o Arquivo e Museu da Resistência Timorense.

PRM.
Lusa/fim

Visita de José Sócrates ainda por confirmar

Díli, 11 Fev (Lusa) - A visita do primeiro-ministro, José Sócrates, a Timor-Leste, prevista para Maio, “não está ainda confirmada” por questões de agenda, afirmou hoje em Díli o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado.

“Vamos ver se há condições para que essa visita se faça. A agenda interna do (nosso) país é muito intensa”, declarou Luís Amado no final de um encontro com o Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.

“Vamos ter três eleições em 2009. Temos problemas muito sérios relacionados também com o desenvolvimento da crise económica e financeira, que devem ser acompanhados por todo o Governo e pelo primeiro-ministro em particular”, sublinhou o ministro, que chegou hoje a Díli para uma visita oficial de 48 horas.

No encontro com José Ramos-Horta, Luís Amado teve oportunidade de ouvir do chefe de Estado a evolução de Timor-Leste após os ataques de há um ano que quase provocaram a morte do Presidente da República.

Também o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, sobreviveu a uma emboscada nesse mesmo dia.

O primeiro encontro de Luís Amado em Díli ocorreu precisamente um ano depois de Ramos-Horta ter sido gravemente ferido a tiro na sua residência em Díli, num ataque em que morreram o major Alfredo Reinado e um soldado que o acompanhava.

O chefe da diplomacia portuguesa discutiu com José Ramos-Horta os “temas essenciais” da cooperação bilateral, incluindo a capacitação institucional de Timor-Leste nos sectores da defesa, segurança e educação.

“Falámos dos problemas da região, que tem grande importância nas questões que se prendem com a crise económica internacional”, afirmou Luís Amado.

O ministro português vai assinar quinta-feira um memorando de entendimento para a criação de um mecanismo de consultas políticas com Timor-Leste.

O programa da visita de Luís Amado inclui também encontros com o líder da oposição e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, com o bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, com o representante interino do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, e com a comunidade portuguesa.

Luís Amado visitará ainda a Escola Portuguesa de Díli, o aquartelamento da Guarda Nacional Republicana, uma das unidades autónomas da Polícia da Nações Unidas (UNPOL), e o Arquivo e Museu da Resistência Timorense.

PRM.
Lusa/fim

Bonecas de Ataúro

Bonecas de Ataúro chegam a Lisboa

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - A embaixada do Timor-Leste promove esta quinta-feira, às 16:30, em Lisboa, a apresentação das Bonecas de Ataúro, tidas como exemplo de sucesso empresarial e social do país.

Feitas pelas mulheres do ilhéu, as Bonecas de Ataúro são o primeiro produto timorense registado e certificado após a independência.

Esta iniciativa enquadra-se no esforço de internacionalização e comercialização de produtos produzidos pelas mulheres de Timor-Leste e cujas receitas reverterão a favor das crianças do país, explicou à Lusa o assessor da embaixada de Timor-Leste, Vitório Cardoso.

“A estratégia visa a criação de várias representações em Portugal, promover e comercializar bonecas, vestuários, tecidos tradicionais, artesanatos diversos, sacos e T-shirts”, referiu o assessor.

Este projecto conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Timor-Leste, foi premiado pela UNICEF e é executado com base em materiais ecológicos, cujo objectivo “visa apoiar o desenvolvimento sustentado e a protecção do meio ambiente”, acrescentou Vitório Cardoso.

A sessão inaugural será presidida pelo Encarregado de Negócios, Antonito de Araújo, na presença do responsável pela Secção Cultural da Embaixada, José Amaral, e caberá à mentora do projecto, Piera Zurcher, e à representante em Portugal das Bonecas de Ataúro, Sara Moreira, apresentar o percurso e significado desta exposição.

A actividade que se estende por cerca de três horas contempla ainda conferências sobre as Bonecas de Ataúro e estratégias sobre a sua internacionalização e promoção.

MYB.
Lusa/fim


Boneca de Ataúro mostra-se em Portugal

Coimbra, 11 Fev (Lusa) - Criada por mulheres para fazer felizes as crianças, a Boneca de Ataúro, de Timor-Leste, é um projecto de empreendedorismo social numa comunidade pobre, que procura agora mostrar-se em Portugal, e ao mundo.

Lançado há dois anos na pequena ilha de Ataúro, situada a norte de Díli, este projecto foi hoje divulgado em Coimbra, e nos próximos dias será apresentado em Lisboa, por iniciativa da engenheira informática portuguesa Sara Moreira, que se apaixonou pelas criações das mulheres timorenses.

A criação da boneca é da artista plástica suíça Piera Zurcher, a que se associou a tradicional arte de bordar das mulheres de Ataúro, que aplicam no esboço das feições e nos "tais" (tecidos) que lhes cobrem os corpos.

Segundo Sara Moreira, actualmente são cerca de 30 mulheres artesãs que trabalham em pano e bordados, criando não só bonecas, mas bolsas e toalhas, desenvolvendo ainda trabalhos com materiais ecológicos na concepção de biojóias.

"No sítio não existiam empregos, e as pessoas viviam da agricultura. Com estes projectos conseguem algum dinheiro para as viagens para Díli, para poderem mandar os filhos para a escola, e lhes poderem comprar os materiais escolares", explicou à agência Lusa.

Sara Moreira, que em 2008 leccionou na Universidade de Díli, e conheceu o projecto daquele grupo de mulheres, ocupa-se agora em mostrá-lo em Portugal, e também ao mundo, utilizando o seu saber de engenheira informática para fazer da Internet um meio importante para a sua comercialização.

A ideia de criar um projecto de empreendedorismo social em Ataúro, capaz de gerar emprego, partiu do padre italiano Luis Fornasier, que em Fevereiro de 2006 desafiou a artista plástica suíça Piera Zurcher, que soube juntar a sua arte à das mulheres locais para fazer surgir uma fonte de rendimentos para essa comunidade pobre.

FF.
Lusa/Fim