Díli, 11 Fev (Lusa) - A visita do primeiro-ministro, José Sócrates, a Timor-Leste, prevista para Maio, “não está ainda confirmada” por questões de agenda, afirmou hoje em Díli o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado.
“Vamos ver se há condições para que essa visita se faça. A agenda interna do (nosso) país é muito intensa”, declarou Luís Amado no final de um encontro com o Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.
“Vamos ter três eleições em 2009. Temos problemas muito sérios relacionados também com o desenvolvimento da crise económica e financeira, que devem ser acompanhados por todo o Governo e pelo primeiro-ministro em particular”, sublinhou o ministro, que chegou hoje a Díli para uma visita oficial de 48 horas.
No encontro com José Ramos-Horta, Luís Amado teve oportunidade de ouvir do chefe de Estado a evolução de Timor-Leste após os ataques de há um ano que quase provocaram a morte do Presidente da República.
Também o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, sobreviveu a uma emboscada nesse mesmo dia.
O primeiro encontro de Luís Amado em Díli ocorreu precisamente um ano depois de Ramos-Horta ter sido gravemente ferido a tiro na sua residência em Díli, num ataque em que morreram o major Alfredo Reinado e um soldado que o acompanhava.
O chefe da diplomacia portuguesa discutiu com José Ramos-Horta os “temas essenciais” da cooperação bilateral, incluindo a capacitação institucional de Timor-Leste nos sectores da defesa, segurança e educação.
“Falámos dos problemas da região, que tem grande importância nas questões que se prendem com a crise económica internacional”, afirmou Luís Amado.
O ministro português vai assinar quinta-feira um memorando de entendimento para a criação de um mecanismo de consultas políticas com Timor-Leste.
O programa da visita de Luís Amado inclui também encontros com o líder da oposição e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, com o bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, com o representante interino do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, e com a comunidade portuguesa.
Luís Amado visitará ainda a Escola Portuguesa de Díli, o aquartelamento da Guarda Nacional Republicana, uma das unidades autónomas da Polícia da Nações Unidas (UNPOL), e o Arquivo e Museu da Resistência Timorense.
PRM.
Lusa/fim
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