quarta-feira, fevereiro 11, 2009

"Asseguramos a ordem em Timor"

Correio da Manhã
11 Fevereiro 2009 - 00h30
Entrevista Jorge Paula

Capitão João Martinho foi o protagonista da resposta da GNR ao atentado
contra o presidente timorense, Ramos-Horta, faz precisamente hoje um ano.

CM – Como recorda o 11 de Fevereiro de 2008?

Capitão Martinho – O dia começou às 07h00, com o telefonema de um vizinho do presidente Ramos--Horta a alertar que havia tiros. O primeiro ferido assistido foi o presidente, que estava a trinta metros do portão principal da própria casa. Partimos então para a casa do primeiro-ministro Xanana Gusmão. O jipe oficial tinha cerca de doze tiros, e outro carro estava caído numa ravina. Recolhemos a mulher do primeiro-ministro (Kirsty Gusmão), filhos, e civis empregados da casa, e trouxemo-los para Díli.

– Como escapou Timor a um novo conflito armado?

– Após os atentados, foi instituído o recolher obrigatório. Atribuíram-nos a segurança do palácio presidencial (missão que ainda temos), e reforçámos também o patrulhamento.

– A Procuradoria revela que a balística não coincide com a investigação ao atentado. Acha que foi um ataque organizado?

– Não participámos nas investigações. Asseguramos a ordem em Timor. Houve dois grupos a atacar o presidente da República e o primeiro-ministro, e o major Reinado e o tenente Salsinha estiveram associados a ambos. Ramos-Horta sempre foi o principal interlocutor de ambos junto do governo.

– A intervenção da GNR ajudou a evitar mortes?

– A polícia da ONU aproximou-se cerca de 500 metros da casa do presidente, sem intervir. O exército australiano nem sequer apareceu. Nós tivemos a informação às sete da manhã, e quinze minutos depois tínhamos homens no local. Hoje sabemos que os agressores do presidente ficaram escondidos cerca de meia hora, à espera da nossa reacção, e pensamos que seriam dez pessoas, em duas viaturas.

PERFIL

João Almeida Duque Martinho tem 33 anos. Entrou na GNR em 1997. Comandou unidades territoriais e, em 2004, foi colocado no Regimento de Infantaria. Em 2008, comandou o quinto contingente do subagrupamento Bravo da GNR.

"PREOCUPAÇÃO EM PROTEGER"

O guarda M. é atirador especial (sniper) da GNR. Faz hoje um ano, integrou a equipa de operações especiais que avançou, quando surgiram as primeiras notícias de tiroteio junto à residência oficial do presidente Ramos-Horta, perto de Díli. O primeiro corpo que a equipa de assalto da GNR encontrou foi o do chefe de Estado timorense. O sniper recorda que a principal preocupação foi "proteger o ferido".

"Quem nos observava nem tentou nada, porque viu que estávamos muito bem armados", concluiu.

Miguel Curado

1 comentário:

  1. BONECAS LINDAS DE ATAURO


    AH MASCOTES DE TIMOR
    TAO SIMPLES MAS ENCANTADORAS
    SOIS O ESTANDARTE DE UMA NACAO
    SOIS PRECIOSAS COMO AS FLORES

    QUANDO TRISTEZAS ABUNDAM
    NUM MUNDO DE INCERTEZA
    AS BONECAS DE ATAURO
    ENCANTAM-NOS COM A SUA BELEZA

    EM LINHA DE CROCHET OU TRICOT
    COM AS SUAS VESTES CULTURAIS
    AS LINDAS BONECAS DE ATAURO
    VISITAM AS TERRAS DOS MALAIS

    SAO UM ELO DE PAZ E CONCORDANCIA
    NUM MAR DE OPINIOES DIVIDIDAS
    AS BONECAS LINDAS DE ATAURO
    DE TODOS SAO MUITO QUERIDAS

    UM ABRACO

    LE MAU DICK

    ResponderEliminar