15-01-2009 14:33
Angola Press
MNE afirma que tiveram que comprar a paz
Lisboa- O actual governo timorense, liderado por Xanana Gusmão, distribuiu milhões para comprar a paz, disse em entrevista à imprensa local o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa.
O chanceler, que se encontra em visita de trabalho a Lisboa, disse que o executivo gastou "muitos milhões" e que foi necessário "comprar a paz".
Referindo-se aos efeitos da prolongada crise social e política que abalou o país em 2006, o diplomata reconheceu que o país "viveu períodos conturbados".
"Timor-Leste viveu períodos conturbados. O último foi em 2006. Hoje, o governo já conseguiu mudar esta situação.
Resolvemos a maior parte dos problemas. Injectamos bastante dinheiro na população", disse.
Confrontado com um relatório sobre o "aumento significativo" da pobreza em Timor-Leste, divulgado em Novembro de 2008, Costa respondeu com os resultados alcançados pelo governo que integra.
"Os relatórios olharam para uma fase muito conturbada de 2006 e não tiveram em conta os esforços e a evolução que aconteceu no país, no último ano", frisou.
"Hoje, todos os timorenses com mais de 60 anos recebem um subsídio do governo.
Ainda é pequeno, são 20 dólares por mês, mas já é uma grande ajuda para muitas famílias timorenses que não viam a cor do dinheiro desde que Timor assumiu a independência", em Maio de 2002, disse.
"Por outro lado também tivemos que utilizar o princípio de comprar a paz.
Muitas das famílias que estavam nos campos de deslocados receberam uma boa quantia de dinheiro para poderem reintegrar-se nas suas comunidades", explicou.
O chanceler timorense deu ainda como exemplo os 800 peticionários, que abandonaram as forças armadas em 2006 e que foram protagonistas da crise social e política que, acentuou, "também beneficiaram bastante de montantes elevados para a resolução do seu problema".
"Portanto, foram muitos milhões. Não posso precisar aqui quantos, mas foram muitos milhões que de alguma forma chegaram às mãos da população e que ajudaram certamente a dar um poder diferente e a melhorar a situação económica dos timorenses", declarou.
Para ele, os próximos estudos "indicarão, com certeza, uma panorâmica muito diferente da situação da pobreza em Timor- Leste".
"O governo tem feito grandes esforços e julgo que hoje nota-se perfeitamente a qualidade de vida e a estabilidade em Timor", afirmou, para o que exemplificou com a prosperidade e o dinamismo dos negócios.
Contudo, reconheceu que subsistem "algumas fragilidades".
"Tivemos crises que influenciaram bastante e que de alguma forma até retrocederam os avanços que foram feitos", reconheceu, considerando que isso faz parte do processo normal de construção de um Estado.
"tivemos que utilizar o princípio de comprar a paz"
ResponderEliminarSó por infantilidade se pode acreditar que é distribuindo dinheiro a torto e a direito que se consegue "erradicar a pobreza".
ALiás, o próprio MNE confessa que se "comprou" a paz. A chamada paz podre. E muitos carros de luxo também. E aumentos para os deputados, e abonos de Natal, e arroz grátis para funcionários públicos...
Onde é que já vimos este filme (ou aliás esta má adaptação)? Nos cinemas "Java", "África", "China", etc.
Toda a gente sabe que o dinheiro vai ser derretido num ápice em bebida, meninas, gadgets, jogo, etc.
O pior vai ser quando o dinheiro acabar. O dos subsidiados e o do Estado. Vai ser bonito dizer a essa gente toda que já não há mais e que vão trabalhar.
O problema é que quem vai sofrer as consequÊncias desta loucura é o Governo que vier a seguir a Xanana. Vai ter que limpar a porcaria toda e levar com os protestos de toda a gente defraudada por esta política de mãos largas.
Pobre Timor!