domingo, janeiro 18, 2009

Papa poderá visitar país em 2010 - MNE Zacarias da Costa

Cidade do Vaticano, 17 Jan (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense admitiu hoje que o papa Bento XVI poderá visitar Timor-Leste em 2010.

Zacarias da Costa encontra-se na Cidade do Vaticano, onde hoje iniciou negociações com o secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, arcebispo Domenique Mamberti, sobre a Concordata que será assinada entre os dois Estados.

"Solicitei também ao monsenhor Mamberti que visitasse Timor-Leste como preparação de uma possível visita do Santo Padre ao país, cujo o convite foi feito já na altura do Presidente Xanana Gusmão e depois, posteriormente, pelo Presidente Ramos-Horta no ano passado, quando visitámos o Santo Padre", disse Zacarias da Costa, contactado telefonicamente pela Agência Lusa a partir de Lisboa.

"Portanto, há a confiança da nossa parte que a visita possa ser feita no próximo ano a Timor-Leste e concordámos em olhar para datas, talvez já Março, para a visita do arcebispo Domenique Mamberti, como ministro dos Negócios Estrangeiros da Santa Sé, para preparar esta visita (do Papa)", referiu.

"Eu também manifestei o meu regozijo pelo Vaticano já ter nomeado o seu representante em Timor-Leste, monsenhor José Leite Nogueira, um português que já está há muitos anos no Vaticano e que tive o privilégio de ser colega num seminário em Braga", disse Zacarias da Costa.

O ministro das Negócios Estrangeiros timorense disse ainda que discutiu com o arcebispo Mamberti "a situação político-económica e social de Timor-Leste, a situação da região e a possível criação de uma terceira diocese no país".

Zacarias da Costa apontou também que tratou com o seu homólogo vários aspectos da Concordata a ser assinado pelos dois Estados, mas não quis adiantar detalhes da negociação.

Segundo o ministro timorense, as negociações do acordo entre Timor-Leste e a Santa Sé deverão prolongar-se entre seis meses e um ano.

O papa João Paulo II visitou Díli em 1989, quando Timor-Leste se encontrava sob ocupação indonésia.

CSR.
Lusa/Fim

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