quarta-feira, janeiro 21, 2009

Embaixada aberta... sem embaixador

Expresso

A embaixada de Timor-Leste em Lisboa ainda não tem embaixador designado. A representação diplomática está nas mãos do encarregado de negócios, Antonito Araújo.
Pedro Cordeiro

9:40 Sábado, 17 de Jan de 2009

O edifício é património histórico e está restaurado, as salas são amplas, as janelas têm vista para o Tejo e para o mosteiro dos Jerónimos. Á nova embaixada de Timor-Leste em Lisboa só lhe falta... o embaixador. Está por designar o sucessor de Pascoela Barreto e Manuel Abrantes, que cessou funções no início deste ano. A representação fica, por agora, nas mãos do encarregado de negócios, Antonito Araújo.

As novas instalações da diplomacia timorense, em Belém, foram inauguradas ontem pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da nação asiática, Zacarias da Costa, que terminou hoje uma visita de quatro dias a Lisboa. A deslocação serviu também para empossar o novo representante de Timor-Leste na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Barreto Martins.

Zacarias da Costa agradeceu a ajuda de Portugal e explicou que Díli quer melhorar as condições de trabalho nas embaixadas de Timor-Leste.

A de Banguecoque foi inaugurada na semana passada e a de Camberra sê-lo-á em Fevereiro. Reconhecendo que os recursos humanos e financeiros são limitados, o ministro lembrou que "um Estado leva tempo a erigir, sobretudo quando o ponto de partida é quase zero".

O Governo português fez-se representar pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e pelo secretário de Estado Gomes Cravinho. Entre os convidados estavam o bispo Ximenes Belo, o secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, e Duarte de Bragança, pretendente ao trono português e apoiante da causa timorense muito antes de esta se ter tornado popular, nos anos 1990.

Na festa estiveram diplomatas de países lusófonos, militares das Falintil, representantes religiosos e muitos timorenses residentes em Portugal. Alguns jovens envergavam trajes tradicionais. Num ambiente de grande afectividade e com música tradicional de Timor-Leste em pano de fundo, foram servidos acepipes e doces típicos daquele país.

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