terça-feira, setembro 23, 2008

Alkatiri defende CEMGFA e diz que "querem matar o capital simbólico"

Díli, 22 Set (Lusa) - O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri, defendeu hoje, em declarações à Agência Lusa, o seu ex-ministro da Defesa e o comandante das Forças Armadas, alvo de uma investigação por transferência de armas em 2006.

O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, chefe do Estado-Maior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e o ex-ministro da Defesa do Governo dirigido por Mari Alkatiri, Roque Rodrigues, estão sob investigação judicial.

O Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, pediu na semana passada ao Presidente da República, José Ramos-Horta, que levantasse a imunidade de ambos, que são membros do Conselho Superior de Segurança e Defesa Nacional.

“Querem matar o capital simbólico deste país”, acusou Mari Alkatiri. “E depois de matar o capital simbólico, mata-se o país”.

“Nem o Roque nem o Ruak alguma vez cometeram um crime”, afirmou hoje Mari Alkatiri, em entrevista à Lusa.

“O que fizeram foi para salvar o país”, defendeu o ex-primeiro-ministro.

“Se essas forças que defenderam o país são chamadas à justiça e são condenadas, algum dia ficamos sem forças”, adiantou.

“Tudo o que aconteceu em 2006 devia ser tratado como conjuntura. Entrámos na febre de julgar este e aquele mas uns tornaram-se bodes expiatórios e isso não vai resolver em nada os problemas de Timor-Leste”, acrescentou o actual secretário-geral da Fretilin, o maior partido da oposição.

“Se continuarmos nesta onda, não estamos a contribuir para a solução dos problemas”, disse Alkatiri.

O ex-primeiro-ministro, que disse que não se importaria de ser o advogado de defesa de Taur Matan Ruak, mostrou “preocupação” pela possível reacção no seio das F-FDTL à investigação judicial

“Há todo este clima que pode vir a criar problemas”, considerou.

“Aqueles que foram leais ao poder político e fizeram defender a Constituição, são processados. Os outros, que andaram aos tiros, são recompensados”.

Mari Alkatiri demitiu-se da chefia do governo na sequência da crise política e militar de Abril e Maio de 2006.

Além do pedido de levantamento de imunidade de Taur Matan Ruak e Roque Rodrigues, três oficiais do Estado-Maior receberam notificação para prestar declarações no âmbito da mesma investigação.

PRM-Lusa/fim

2 comentários:

  1. Alo Dili

    O Longuinhos Monteiro PGR esta entrar em grandes calvalgadas nao sabemos onde querem chegar. Xanana e os cumplices estao a minar as forcas armadas.E um jogo melindroso e uma mina que podera explodir.Horta nao ira levantar a imunidade de ambos sempre defendeu-os.Roque Rodrigues esta na presencia do Horta a pedido dele nao ira trair-lhe. Entao o Longuinhos esqueceu da investicao dos atentados ja podia ter lancado ao publico porque esta demora. Estao a desviar atencao dos acontecimentos as forcas estrangeiras estao em tentar dizimar as nossas forcas para nao acontecer como as da ilha de Fiji. O golpe do estado desencadeado pelas forcas armadas de Fiji foi dificil a intervencao das forcas estrangeiras em defesa dos seus interesses.

    ResponderEliminar
  2. O único que não é investigado é o senhor Maun boot PM.

    ResponderEliminar