EFE - 18 Agosto 2008
Sydney (Austrália) - O procurador-geral do Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, negou hoje que o líder rebelde Alfredo Reinado tenha sido executado quando, em Fevereiro, tentou assassinar o presidente timorense, José Ramos Horta.
Monteiro disse à imprensa que os resultados da autópsia revelados na semana passada por um jornal australiano não são definitivos, porque a investigação sobre o atentado ainda não terminou.
O jornal "The Australian" informou que Reinado e Leopoldino Exposto, outro soldado rebelde, levaram tiros à queima-roupa na nuca, local que teria sido muito difícil atingir em uma troca de disparos.
Segundo os médicos australianos que realizaram a autópsia, é impossível que as marcas de bala do cadáver de Reinado tenham sido causados por disparos de soldados a mais de dez metros de distância, como sustenta a versão oficial.
Caso seja confirmada, a execução do líder rebelde pode gerar novas tensões no Timor-Leste, que desde que obteve a independência, em 2002, luta para conseguir uma estabilidade política que lhe permita se concentrar no desenvolvimento económico.Os fatos ainda estão sendo investigados pela Procuradoria Geral e por um comité especial das Nações Unidas.
Em 11 de Fevereiro, Ramos Horta ficou gravemente ferido no atentado cometido em frente à casa dele e no qual Reinado morreu, enquanto o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, saiu ileso do ataque contra ele.
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