Sol, 01/05/08
Por Felícia Cabrita
O tenente Gastão Salsinha e outros quatro rebeldes timorenses foram hoje levados a tribunal, ao juiz de instrução criminal Ivo Rosa, que acompanha o inquérito criminal ao atentado de 11 de Fevereiro (em que morreu o major Alfredo Reinado e em que foi gravemente ferido o Presidente José Ramos-Horta)
Nem Salsinha, nem nenhum dos seus homens (Alarik, Gilberto Mota, Joanino e José Espelho) quiseram prestar declarações ao juiz Ivo Rosa, um magistrado português em comissão de serviço no território.
O juiz marcou para amanhã o anúncio de uma decisão quanto à situação dos rebeldes face ao inquérito, bem como as medidas de coacção que poderá fixar.
Os rebeldes entregaram-se há uma semana às autoridades timorenses. Ontem, foram recebidos pelo Presidente, Ramos-Horta, que lhes deu o seu «perdão», salientando que o problema agora é com a Justiça.
Vários arguidos no inquérito em curso sobre os acontecimentos de 11 de Fevereiro acusaram Salsinha de ter estado nesse dia em casa do primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
Salsinha já declarou que apenas se limitou a conversar com os seguranças do primeiro-ministro, que já conhecia.
Mas os registos detalhados do seu telemóvel indicam que, na noite do atentado, Salsinha fez sucessivos e prolongados telefonemas.
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