Díli, 05 Mai (Lusa) - Quatro homens suspeitos de envolvimento no atentado de 11 de Fevereiro contra o Presidente timorense e que tinham sido detidos na Indonésia foram hoje extraditados para Díli, Timor-Leste, disse o primeiro comandante da operação “Halibur”.
Segundo o Tenente-coronel Filomeno Paixão, Tito Tilman, Ismael Sansão, conhecido como "Asanku", Egídio Lay e José Gomes, conhecido como "Ásia", foram transportados no único voo regular da Indonésia para Timor-Leste, que liga Denpasar (Bali) a Díli.
Os elementos foram escoltados pelo Procurador-Geral da República timorense, Longuinhos Monteiro, e pelo comandante da Polícia da República da Indonésia, coronel Petrus.
"Esses rebeldes foram capturados pela Polícia da Indonésia no passado mês de Abril, suspeitos do atentado de 11 de Fevereiro à residência do Presidente da República" timorense, José Ramos-Horta, anunciou hoje o tenente-coronel Filomeno Paixão, primeiro comandante da operação "Halibur".
Em conferência de imprensa, o tenente-coronel Filomeno Paixão acrescentou que o comando conjunto recebeu nos últimos dias armamento de vários tipos, entregue em diferentes pontos do território pelas populações, em resposta a um apelo lançado a semana passada pelo Estado-Maior da "Halibur".
Os quatro elementos hoje extraditados completam o grupo de suspeitos de envolvimento directo no duplo ataque de 11 de Fevereiro.
A casa do chefe de Estado, a leste de Díli, foi atacada pelo grupo do major Alfredo Reinado, que morreu no ataque juntamente com um dos seus homens.
Pouco depois da morte do major Reinado, num segundo tiroteio, um dos elementos do grupo, Marcelo Caetano, disparou sobre José Ramos-Horta, que ficou ferido com gravidade e foi transportado para Darwin, Austrália.
Marcelo Caetano, que na sequência do ataque de 11 de Fevereiro se pôs em fuga com o grupo do ex-tenente Gastão Salsinha, rendeu-se às autoridades a 25 de Abril, juntamente com o antigo líder dos peticionários das Forças Armadas e mais onze fugitivos.
Gastão Salsinha, acusado de cumplicidade no ataque ao Presidente e de liderar o ataque ao primeiro-ministro, Xanana Gusmão, encontra-se em prisão preventiva desde quinta-feira.
PRM.
Lusa/fim
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