Lisboa, 17 Mar (Lusa) - O comandante da GNR em Timor entregou hoje em Darwin, Austrália, uma mensagem e vários presentes do presidente da República português ao seu homólogo timorense, uma visita em que se falou sobretudo dos atentados de Fevereiro em Timor-Leste.
"O Presidente Ramos Horta está bem. Fisicamente vê-se que ainda está um pouco debilitado, mas psicologicamente tem um discurso coerente, lúcido. Teve alguma curiosidade em falar comigo sobre os atentados e estivemos cerca de uma hora a falar sobre os atentados e a questão de segurança em Díli. Discutimos sobretudo pontos de vista", disse à agência Lusa o capitão Martinho.
O comandante do subagrupamento Bravo foi recebido por Ramos Horta a meio da tarde no Hospital Particular de Darwin, norte da Austrália, onde o presidente timorense recupera dos ferimentos sofridos num ataque à sua residência pelo grupo do major Alfredo Reinado em Díli a 11 de Fevereiro.
Durante o encontro, o capitão Martinho entregou ao presidente Ramos Horta uma carta do presidente da República, Cavaco Silva, e uma encomenda de Vinho do Porto e pastéis de Belém.
Entregou outra encomenda do general comandante da GNR com produtos tradicionais portugueses, entre os quais se contavam vinhos, queijos, mel e azeite.
Em Timor-Leste ficaram os enchidos, que não passaram na alfândega devido ao crivo apertado dos australianos em matéria de saúde pública.
"Os enchidos ficaram em Timor. Quando o presidente voltar teremos todo o gosto em entregar-lhos", disse o capitão Martinho.
Um regresso, que segundo lhe foi transmitido pelo próprio presidente Ramos Horta, deverá acontecer "em breve".
"Diz que este mês ou no que vem estará em Timor", adiantou o responsável da GNR, que recebeu ainda de Ramos Horta agradecimentos pela "amabilidade do Presidente da República português" e pela "pronta actuação" da força portuguesa no dia dos atentados.
O capitão Martinho destacou ainda "a recuperação notória" de Ramos Horta, que segundo afirmou, "está melhor de semana para semana".
O presidente timorense sofreu a 11 de Fevereiro uma emboscada montada pelo grupo liderado por Alfredo Reinado, que foi morto pelos guardas presidenciais durante o ataque.
O primeiro-ministro Xanana Gusmão escapou ileso a um outro ataque quando viajava de carro no mesmo dia.
CFF
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