Público, 24.03.2008
Lasama de Araújo afirmou que só não existe risco especial de segurança no distrito de
Oecussi e na ilha de Ataúro
a O Presidente interino de Timor-Leste, Fernando Lasama de Araújo, confirmou ontem que "continua em fuga um grupo fortemente armado, na posse de equipamento militar", suspeito de autoria ou participação no atentado de 11 de Fevereiro contra o Chefe de Estado, José Ramos-Horta. Por isso mesmo, o Presidente em funções decidiu renovar o estado de sítio, por 30 dias, nos distritos de Aileu, Ermera, Bobonaro, Covalima, Ainaro, Liquiçá e Manufahi, com suspensão do direito de manifestação, reunião e inviolabilidade do domicílio, permitindo-se inclusive a realização de buscas domiciliárias durante a noite. Naqueles sete distritos, o direito de livre circulação está também suspenso, com recolher obrigatório entre as 22h00 e as seis da manhã.
De qualquer modo, Lasama de Araújo disse que houve a preocupação de "limitar ao mínimo indispensável a restrição dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos", que continuam a dispor da protecção das leis e dos tribunais.
Entretanto, durante o fim-de-semana da Páscoa, entregaram-se às autoridades quatro elementos que se encontravam entre os fugitivos; e perto de 650 militares que tinham saído dos quartéis em 2006, os chamados "peticionários", acorreram nas últimas semanas a um local de acantonamento estabelecido pelo Governo.
Quanto a Ramos-Horta, que na quarta-feira saiu do hospital onde se encontrava para uma residência particular da cidade australiana de Darwin, espera poder regressar a Díli no espaço de um mês.
Sem comentários:
Enviar um comentário