Rádio Renascença 28-03-2008 18:53
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que Portugal sempre esteve apreensivo com a situação em Timor-Leste.
Luis Amado comenta desta forma a entrevista de Ramos Horta, à Renascença, onde o Presidente timorense considerou que o atentado de que foi alvo evidenciou falhas dos militares australianos e neo-zelandeses, bem como da polícia da ONU.
O chefe da diplomacia portuguesa afirma que desde o início que a missão internacional em Timor-Leste oferece motivos de preocupação e “inquietação”, em grande parte pela definição pouco clara das regras de actuação no terreno.
“Alguma coisa aconteceu de errado, todos nós reconhecemos isso. Ainda hoje o meu colega irlandês, que esteve em Timor uma semana depois desses acontecimentos, manifestava a sua estranheza pela forma como os acontecimentos tinham ocorrido. É natural que todos nós nos inquietemos sobre como pôde acontecer o que aconteceu em Timor-Leste, no quadro de uma missão tutelada pelas Nações Unidas”, diz Luís Amado.
Veja aqui a entrevista do Presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, à enviada especial da Renascença à Austrália, Anabela Góis. Ramos Horta denuncia graves falhas de segurança
Luís Amado em declarações ao jornalista Daniel Rosário
RV
"Alguma coisa aconteceu de errado" - Isso já nós sabíamos, Sr. Ministro! Até o seu colega irlandês estava por dentro e certamente que muitos outros estão fartos de saber.
ResponderEliminarA questão é o que Portugal está a fazer ou vai fazer junto da ONU, da UE e restantes países amigos para se acabar com este regabofe australiano.
Ainda há dias o PM australiano dizia na TV que as "ISF" ACTUARAM logo e CONDUZIRAM RAMOS HORTA AO HOSPITAL DE CAMPANHA, EM DILI". Mentiroso é ele, pois não houve actuação nenhuma das "ISF" e quem levou RH ao hospital foi a GNR.
Este exemplo mostra bem como a prepotência australiana ultrapassou todos os limites, usando e abusando da mentira e apropriando-se do trabalho dos outros perante as câmaras de TV, sem qualquer pudor.
O que faz então a diplomacia portuguesa? Nada, excepto acocorar-se cada vez mais. Ainda há pouco assinou um acordo com a AUSAid, sabendo-se muito bem qual o verdadeiro papel desta organização e quais as funções da maior parte dos seus funcionários.