Diário Económico, 14/02/08
A jovem democracia de Timor tem sido muito sofrida. Um processo difícil e, em alguns momentos, dramático.
Apesar do empenhamento e da ajuda internacional, designadamente das Nações Unidas, os timorenses confrontam-se com problemas internos difíceis de ultrapassar.
A geração da “resistência” – política e militar – digladia-se. Há uma forte clivagem nas organizações partidárias. Militares que devem deixar as armas, revoltam-se e desencadeiam acções violentas.
Por último, a geração seguinte, constituída por um elevado número de jovens, essencialmente nas maiores cidades, não encontra emprego nem referências.
Não é um impasse, mas é uma conjuntura muito difícil de ultrapassar e que vai precisar de um maior empenhamento da comunidade internacional.
Há pouco mais de um ano a conflitualidade parecia ter a ver com o petróleo.
Hoje, confirma-se que a situação é mais complexa.
Sabemos ainda pouco, a confusão da informação é imensa, mas para o povo de Timor e para a Comunidade Internacional é vital chegar até ao fundo, nas investigações e punir os responsáveis sejam eles quais forem, senão…
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Jorge Coelho, Membro do Conselho de Estado
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