quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Timor-Leste: a versão da imprensa australiana

Ramos-Horta foi tentar salvar sobrinhaO jornal Sydney Morning Herald diz que o presidente timorense voltou a casa para salvar a sua sobrinha Lily do ataque de Reinado, acabando depois por ser baleado

Micael PereiraExpresso, 19:00 Terça-feira, 12 de Fev de 2008

De acordo com fontes da polícia das Nações Unidas que já iniciaram as investigações às circunstâncias do atentado ao presidente da República timorense, e que são citadas pelo jornal australiano Sydney Morning Herald, Ramos-Horta recebeu uma chamada de telemóvel da sua sobrinha Lily, que trabalha em sua casa, enquanto estava a fazer jogging na praia, antes das sete da manhã (hora local), tomando assim conhecimento do tiroteio entre os seus seguranças e o grupo rebelde do major Alfredo Reinado. O correspondente do jornal em Timor, Lindsay Murdoch, conta que o presidente ficou preocupado com a salvaguarda de Lily e resolveu voltar para trás na esperança de apelar à razão e ao bom senso do líder rebelde. Foi então que terá começado uma segunda vaga de tiros em casa de Ramos-Horta, com a chegada prematura, uma hora antes do previsto, dos seguranças que iam render o turno da noite. Terá sido nessa altura que Reinado foi atingido na cara, durante um tiroteio de 20 minutos.

O Sydney Morning Herald fala ainda de um diplomata estrangeiro, que prefere não ser identificado e que se terá cruzado com Horta por também estar a fazer jogging. O diplomata vira o tiroteio a caminho da praia e pensou tratar-se de um exercício, alertando o presidente para o facto e oferecendo-lhe boleia. Horta recusou a oferta e disse-lhe que estaria tudo "OK". Passado alguns minutos, no entanto, ao aproximar-se de casa a pé na companhia de dois seguranças, acabaria por ser baleado três vezes por homens do major.

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