Rádio Renascença – 12-02-2008 17:57
Jorge Sampaio afirma que Timor-Leste tem pela frente uma longa tarefa de reconciliação e integração social. Por isso, defende um papel mais interventivo da ONU.
Em declarações à Renascença, o ex-Presidente da República aponta dois motivos de instabilidade: o desemprego entre os jovens, que diz ter “consequências muito graves”, daí a necessidade de existir “uma economia mais desenvolvida”; e o conflito de gerações. “Algumas coisas não estão resolvidas ao nível do entendimento – há uma questão geracional”.
Sampaio fala de uma nova geração que tem de ingressar nos funcionamentos económicos, políticos e socais do país.
O actual alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações denuncia também a existência de países na ONU que impedem uma maior ajuda a Timor. “Eu penso que o mandato das Nações Unidas deve abranger este «nation-bulding» - no sentido de ajudar a construir um Estado. Há muita gente na ONU que se opõe determinantemente a isto. E é muito difícil arrancar uma resolução que vá nesse sentido”.
Sampaio recorda a última visita de Estado efectiuda a Timor-Leste - em Fevereiro de 2006 – uma altura em que a situação no território já deixava perspectivar problemas graves. “Falando com várias personalidades, percebi que ia haver uma enorme confusão. Eu tive a premonição e escrevi ao então Secretário-geral das Nações Unidas a dizer: Atenção, isto vai ser muito difícil”. ###
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