Globo.com
16/02/2008 - 10h33
Investigações sobre o ataque ao presidente de Timor Leste ganharam novo rumo.
Ramos-Horta recupera-se do ataque no Hospital de Darwin, na Austrália.
As investigações sobre o atentado contra o presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, ganharam um novo rumo depois que o ministro da economia do país, João Gonçalves, afirmou que Ramos-Horta teria participado de uma reunião secreta com o líder revolucionário Alfredo Reinado em 13 de janeiro.
Segundo o ministro, o encontro entre Ramos-Horta e Reinado teria sido "descontraído e amigável", e serviria para trazer, finalmente, a paz e a democracia ao país.
Gonçalves afirmou que, durante o almoço, Ramos-Horta e Reinado teriam chegado a um acordo profícuo para ambas as partes. O revolucionário teria concordado em se entregar às tropas neozelandesas nos próximos meses. Em troca, Ramos-Horta teria prometido uma anistia para 20 de maio, quando será comemorado o 6º aniversário de independência de Timor Leste.
Mas o ministro da economia teria conseguido convencer o revolucionário a se entregar tão logo fosse possível. Dessa forma, quando a anistia chegasse, Reinado poderia dizer que foi julgado pelas leis timorenses, segundo informou Gonçalves. O acordo, no entanto, nunca chegou a acontecer de fato.
Especula-se que uma terceira pessoa teria convencido o revolucionário a atacar a residência do presidente, provavelmente em troca de uma alta soma de dinheiro. Ainda não foi confirmado se o objetivo de Reinado era assassinar ou seqüestrar o presidente timorense.
Com o encontro secreto de Reinado e Ramos-Horta vindo a público, parece ser mais convicente a hipótese de que o presidente teria retornado à sua residência, mesmo sabendo que ela estava sendo atacada, porque achava que ainda poderia convencer o revolucionário a se entregar.
O ataque
José Ramos-Horta, de 58 anos e Nobel da Paz de 1996, foi submetido a quatro intervenções cirúrgicas, desde que na segunda-feira (11) recebeu três tiros ao ser atacado, em Díli, por um grupo de militares rebeldes liderados pelo ex-comandante Alfredo Reinado.
O ex-comandante morreu no tiroteio com os seguranças do presidente.
Na quarta-feira (13), a equipe médica que atende o presidente disse que o paciente só deve recuperar a mobilidade em algumas semanas, e que em cerca de seis meses poderia estar recuperado dos ferimentos.
Para que não se repita!
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