Macau, China, 25 Fev (Lusa) - O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, lavantou-se hoje pela primeira vez, duas semanas depois dos ataques de 11 de Fevereiro, e "já comeu sentado à mesa", disse à agência Lusa a sua irmã Romana.
Contactada telefonicamente em Darwin a partir de Macau, Romana Horta afirmou que José Ramos-Horta "já fala melhor", que "já quer começar a trabalhar" e que ficou a saber que "só dentro de um mês" poderá viajar de avião.
"Os médicos disseram que durante mais um mês ele não pode voar e vai ter de permanecer aqui em Darwin", disse Romana Horta ao explicar que o estado de saúde do chefe de Estado de Timor-Leste "está a melhorar bastante" e que tem apenas agora "um tubo de oxigénio para o ajudar a respirar".
"Hoje voltaram a fazer os tratamentos às feridas das costas e os médicos disseram que tudo está a correr bem e que as feridas estão a sarar de forma muito satisfatória", explicou.
Entretanto, as autoridades australianas disponibilizaram um gabinete de trabalho para pessoal da presidência timorense no hospital onde o chefe de Estado está internado, tendo Ramos-Horta manifestado o desejo de "começar a ver papéis" nos próximos dias, disse a irmã.
"Está cá um assessor do meu irmão e nos próximos dias deverão deslocar-se aqui ao hospital algumas pessoas de Timor-Leste com quem ele (Ramos-Horta) pretende falar", acrescentou Romana Horta.
O presidente timorense foi gravemente ferido a tiro a 11 de Fevereiro, junto da sua residência em Díli, num ataque que resultou na morte do major rebelde Alfredo Reinado e de um elemento do seu grupo.
Pouco depois deste ataque, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, escapou ileso a uma emboscada na estrada entre Balíbar, onde reside, e Díli.
JCS.
Lusa/fim
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