Lisboa, 20 Fev (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste começou hoje a falar, "a perguntar pela família e pelas pessoas amigas", um dia depois de ter sido submetido à quinta cirurgia, disse à Lusa a irmã de Ramos-Horta.
"Está muito melhor. Já fala e está lúcido", disse à agência Lusa Romana Horta, contactada telefonicamente em Darwin, Austrália, a partir de Lisboa.
O chefe de estado timorense foi submetido terça-feira à quarta cirurgia no Royal Darwin Hospital, para onde foi transferido após ter sido ferido a tiro com gravidade a 11 de Fevereiro, em Díli, onde foi inicialmente operado.
De acordo com a irmã do presidente, Ramos-Horta só pergunta por familiares e amigos e ainda não disse nada sobre o ataque que sofreu.
O presidente timorense está acompanhado por familiares, nomeadamente pela mãe, por cinco irmãos, pelo filho e pela ex-mulher.
Na operação de terça-feira, os médicos fizeram "um transplante de pele da perna para tapar o buraco nas costas", causado pelos ferimentos de bala que Ramos-Horta sofreu no ataque, em Díli.
Em declarações terça-feira à Lusa, Romana Horta disse que os médicos estavam a colocar a hipótese de fazer uma traqueotomia para Ramos-Horta poder deixar o ventilador.
Hoje, Romana Horta referiu que essa possibilidade é mais "remota".
Os médicos australianos têm-se mostrado confiantes na recuperação total de Ramos-Horta, admitindo que venha a ter alta hospital dentro de três semanas e uma recuperação total no prazo de seis meses.
O major Alfredo Reinado e um elemento do seu grupo, que estavam fugidos à justiça, foram mortos no ataque à residência do presidente timorense.
Pouco depois deste ataque, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gumsão, escapou ileso a uma emboscada quando se dirigia da sua residência em Balíbar para Díli.
Na sequência dos ataques, foi decretado o estado de sítio em Timor-Leste, com recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00, medida que estará em vigor até 23 de Fevereiro.
SB
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