Público, 19.02.2008
As autoridades timorenses já detiveram quatro pessoas devido aos incidentes em que há oito dias ficou gravemente ferido o Presidente, José Ramos-Horta, anunciou ontem em conferência de imprensa o seu substituto interino, Fernando Lasama de Araújo. E logo estabeleceu o prazo de um mês para que sejam apanhadas todas as pessoas que possam ter estado envolvidas neste processo, durante o qual foi morto o major rebelde Alfredo Alves Reinado, que o ano passado se vangloriara à revista norte-americana Time de ser capaz de se introduzir na residência dos principais dirigentes do país: "Posso beijá-los enquanto estão a dormir".
A primeira pessoa detida a ser ouvida em tribunal, logo no domingo à noite, foi a cidadã australiana de origem timorense Angelita Pires, uma assesora de Reinado que, ao ser interceptada, se preparava para viajar de Díli para Darwin e que esteve quatro horas a ser interrogada. O procurador-geral, Longuinhos Monteiro, contou ao Sydney Morning Herald que é suspeita de possível conspiração para que fossem cometidos crimes contra o jovem Estado.
Ao longo da semana passada, Angelita, uma mulher de cerca de 40 anos que passara alguns meses nas montanhas com o seu chefe, dissera a alguns amigos ter informações de que Reinado fora atraído à residência de Ramos-Horta a fim de ser assassinado, por estar disposto a revelar manobras secretas de algumas poderosas figuras políticas.
O pai dela, já falecido, era um administrador colonial português de nome Laurentino Pires.
O Presidente interino, Lasama de Araújo, afirmou que não haverá mais diálogo com os suspeitos pelos ataques
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