terça-feira, fevereiro 26, 2008

Militares indonésios instruídos para reforçar coordenação conjunta de segurança na fronteira

Kupang, Indonésia, 25 fev (Lusa) - Os militares indonésios colocados junto à fronteira com Timor-Leste receberam instruções para reforçar a coordenação da segurança na zona fronteiriça com as autoridades timorenses, noticiou hoje a agência Antara.

A referência às instruções foi feita no decorrer de uma cerimónia realizada hoje em Kupang, a capital do lado indonésio da ilha de Timor, pelo comandante da Região Militar IX da Indonésia, major-general GR Situmeang.

Aquele responsável militar disse que o comando sub-regional tem "garantido a segurança da fronteira de forma correcta", mas destacou a importância de "intensificar a coordenação" das acções de controlo com o lado timorense.

Igualmente citado pela ANTARA, o comandante sub-regional, coronel Winston Pardamean Simanjuntak, confirmou que além da coordenação que diz manter com os oficiais timorenses, tem também trabalhado com os elementos da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), colocados junto à fronteira.

"A coordenação é fundamental e é essencial que, periodicamente, os militares (indonésios) e os oficiais encarregues da segurança de Timor-Leste, bem como as Nações Unidas, reforcem esse mecanismo para prevenir diferenças na aplicação de medidas e políticas", adiantou.

O coronel Winston Pardamean Simanjuntak acrescentou que as principais ameaças à segurança fronteiriça são o contrabando e a entrada ilegal de imigrantes.

A Indonésia anunciou o reforço da segurança na sua fronteira com Timor-Leste, na sequência dos ataques de 11 de Fevereiro, contra o presidente timorense, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

No passado dia 15, o embaixador da Indonésia em Lisboa, Francisco Lopes da Cruz disse à Lusa que as autoridades de Jacarta tinham aberto a fronteira.

"Abrimos a fronteira àqueles que por um motivo ou outro querem passar, sem entraves nenhuns, por questões de segurança ou para garantir a circulação de bens de primeira necessidade", acrescentou.

A Indonésia ocupou Timor-Leste entre 1975 e 1999.

EL.
Lusa/Fim

1 comentário:

  1. Timor-Leste: Mandato da missão da ONU prorrogado por mais um ano

    Nações Unidas, Nova Iorque, 25 Fev (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou hoje o mandato da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) por mais um ano, ao aprovar por unanimidade a resolução 1802.

    Expresso, 17:50 | Segunda-feira, 25 de Fev de 2008
    Nações Unidas, Nova Iorque, 25 Fev (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou hoje o mandato da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) por mais um ano, ao aprovar por unanimidade a resolução 1802.
    O mandato, que terminava na terça-feira, foi assim prorrogado até 26 de Fevereiro de 2009.
    A UNMIT, actualmente com 2.700 pessoas, foi criada em Agosto de 2006 e conta com uma componente policial de 1.480 efectivos, mais de uma centena dos quais pertencem à Guarda Nacional Republicana (GNR, força portuguesa).
    O mandato da UNMIT é ajudar o governo timorense a "consolidar a estabilidade, promover uma cultura de governação democrática e a facilitar o diálogo político".
    Além dos efectivos ao serviço das Nações Unidas, a Austrália e a Nova Zelândia mantêm em Timor-Leste mais de um milhar de militares, no âmbito das Forças Internacionais de Estabilização (ISF, no acrónimo em inglês), enviadas na sequência da grave crise político-militar desencadeada em Abril de 2006.
    No passado dia 11, os chefes de Estado e de governo de Timor-Leste, José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, respectivamente, foram alvo de atentados separados.
    Ramos-Horta, gravemente ferido, encontra-se ainda em Darwin, norte da Austrália, em tratamento médico, enquanto Xanana Gusmão saiu ileso.
    Na resolução hoje aprovada por unanimidade, o Conselho de Segurança da ONU "apela ao povo de Timor-Leste para que permaneça calmo, faça prova de contenção e a mantenha a estabilidade no país"

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