Díli, 21 Fev (Lusa) - A Irlanda manifestou-se pronta para acolher os soldados rebeldes timorenses com o objectivo de resolver a crise em Timor-Leste, assegurou hoje o presidente interino Fernando "La Sama" de Araújo.
Esta oferta foi feira pelo ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Dermot Ahern, de visita a Díli, indicou Fernando "La Sama" de Araújo, que substitui temporariamente na liderança de Timor-Leste o presidente, José Ramos Horta, gravemente ferido a tiro.
“Ele (Ahern) disse que estavam prontos para receber os peticionários”, afirmou aos jornalistas "La Sama" de Araújo.
A Irlanda vai acolher os soldados amotinados que “desejem iniciar uma nova vida, como por exemplo no sector privado”, acrescentou o presidente interino timorense.
Um terço dos efectivos (peticionários) do exército timorense, cerca de 600 pessoas, desertou em 2006 dizendo-se vítima de discriminação.
A reintegração na sociedade dos militares amotinados tem constituído um problema desde então e um núcleo duro desses soldados é acusado de destabilizar o país.
A República da Irlanda pensa poder inspirar-se na sua experiência de resolução de conflitos na Irlanda do Norte para ajudar Timor-Leste.
Timor-Leste faz parte de um grupo de nove países prioritários aos quais Dublin garante a sua assistência.
Depois de uma vaga de confrontos entre Abril e Junho de 2006, polícias e soldados estrangeiros (entre os quais a GNR), em parte sob mandato da ONU, garantem a segurança em Timor-Leste, independente desde 2002.
A presença das forças de segurança estrangeiras não impediu o duplo atentado que a 11 de Fevereiro visou o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso, e o presidente José Ramos Horta, que ficou gravemente ferido e teve de ser evacuado para um hospital australiano.
LMP
Lusa/fim
Aqui está uma ideia interessante de um país que tenta ser útil e contribuir para resolver os problemas em TL.
ResponderEliminar