Timor:Forças de segurança continuam operação capturar rebeldes As forças de segurança timorenses e internacionais continuam hoje a operação militar para capturar cerca de 30 soldados rebeldes que na segunda-feira passada tentaram assassinar o presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
O chefe do exército australiano, Angus Houston, que hoje foi a Díli junto com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, disse que há suspeitas de que os rebeldes estejam escondidos nas montanhas, após fugir da capital.
«Correm pelo país e estão a criar problemas para o Governo de Timor-Leste. Ajudaremos as autoridades a levá-los à Justiça», disse Houston à imprensa australiana.
Em declarações à televisão australiana Canal Nine, o ex-tenente Gastão Salsinha disse que está no comando dos fugitivos e que não tem intenção de se render.
«Se o exército do Timor-Leste me vier capturar, vou-me defender», disse o oficial rebelde.
Salsinha, que disse apoiar a presença de tropas estrangeiras no território, acrescentou: «se os meus seguidores pedirem que me entregue ao Governo, então farei isso».
O militar rebelde descreveu os ataques a Ramos Horta, atingido com três tiros e que permanece hospitalizado na Austrália, e a Gusmão, que saiu ileso, como parte de um «complicado plano» traçado com dias de antecedência.
O procurador-geral do Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, confirmou que emitiu 18 mandados de captura e que está a preparar mais cinco, admitindo que este número aumente nos próximos dias.
Segundo Monteiro, o respectivo gabinete recebeu três dias antes dos atentados informações sobre os planos do ex-comandante Alfredo Reinado para atacar Ramos Horta.
Reinado e outro rebelde morreram no tiroteio com os seguranças do presidente timorense.
«Sim, tínhamos a informação três dias antes, mas não tínhamos recursos para analisá-la», afirmou Monteiro, acrescentando que os dados que tinham não sugeriam que os rebeldes estivessem a ponto de lançar um ataque.
Terça-feira, a Austrália reforçou a presença militar em Timor-Leste com o envio de 350 soldados e policiais, que se uniram ao contingente da ONU, formado por cerca de 1.700 efectivos.
O Parlamento timorense prorrogou quarta-feira passada e até 23 de Fevereiro o estado de exceção declarado no mesmo dia dos ataques.
«Queremos que os nossos parceiros estejam em paz e tenham segurança a longo prazo, por isso, estaremos sempre abertos aos nossos amigos, aqui em Díli, em tudo o necessário no futuro», disse hoje o primeiro-ministro australiano, na sua visita a Timor-Leste.
Após a visita a Timor-Leste, Rudd visitou Ramos Horta no Hospital Real de Darwin, onde permanece internado desde segunda-feira passada e onde já foi submetido a duas cirurgias.
Timor:Forças de segurança continuam operação capturar rebeldes
ResponderEliminarAs forças de segurança timorenses e internacionais continuam hoje a operação militar para capturar cerca de 30 soldados rebeldes que na segunda-feira passada tentaram assassinar o presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
O chefe do exército australiano, Angus Houston, que hoje foi a Díli junto com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, disse que há suspeitas de que os rebeldes estejam escondidos nas montanhas, após fugir da capital.
«Correm pelo país e estão a criar problemas para o Governo de Timor-Leste. Ajudaremos as autoridades a levá-los à Justiça», disse Houston à imprensa australiana.
Em declarações à televisão australiana Canal Nine, o ex-tenente Gastão Salsinha disse que está no comando dos fugitivos e que não tem intenção de se render.
«Se o exército do Timor-Leste me vier capturar, vou-me defender», disse o oficial rebelde.
Salsinha, que disse apoiar a presença de tropas estrangeiras no território, acrescentou: «se os meus seguidores pedirem que me entregue ao Governo, então farei isso».
O militar rebelde descreveu os ataques a Ramos Horta, atingido com três tiros e que permanece hospitalizado na Austrália, e a Gusmão, que saiu ileso, como parte de um «complicado plano» traçado com dias de antecedência.
O procurador-geral do Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, confirmou que emitiu 18 mandados de captura e que está a preparar mais cinco, admitindo que este número aumente nos próximos dias.
Segundo Monteiro, o respectivo gabinete recebeu três dias antes dos atentados informações sobre os planos do ex-comandante Alfredo Reinado para atacar Ramos Horta.
Reinado e outro rebelde morreram no tiroteio com os seguranças do presidente timorense.
«Sim, tínhamos a informação três dias antes, mas não tínhamos recursos para analisá-la», afirmou Monteiro, acrescentando que os dados que tinham não sugeriam que os rebeldes estivessem a ponto de lançar um ataque.
Terça-feira, a Austrália reforçou a presença militar em Timor-Leste com o envio de 350 soldados e policiais, que se uniram ao contingente da ONU, formado por cerca de 1.700 efectivos.
O Parlamento timorense prorrogou quarta-feira passada e até 23 de Fevereiro o estado de exceção declarado no mesmo dia dos ataques.
«Queremos que os nossos parceiros estejam em paz e tenham segurança a longo prazo, por isso, estaremos sempre abertos aos nossos amigos, aqui em Díli, em tudo o necessário no futuro», disse hoje o primeiro-ministro australiano, na sua visita a Timor-Leste.
Após a visita a Timor-Leste, Rudd visitou Ramos Horta no Hospital Real de Darwin, onde permanece internado desde segunda-feira passada e onde já foi submetido a duas cirurgias.
15-02-2008 10:43:30