SIC Online
11-02-2008 11:50 Última actualização: 11-02-2008 11:51
D. Ximenes Belo condena incidentes
O bispo resignatário de Díli D. Ximenes Belo condenou hoje os actos de violência em Timor-Leste e apelou "ao diálogo entre os timorenses, no respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito".
Lusa
Factos e personalidades da luta pela independência "Estou triste com o que se está a passar em Timor e condeno os actos de violência. Peço a Deus que ilumine os timorenses para terem respeito uns pelos outros", comentou à Lusa D. Ximenes Belo, bispo emérito de Díli e Nobel da Paz 1996, juntamente com Ramos-Horta.
Para D. Ximenes Belo, os timorenses "devem procurar resolver os problemas pelo diálogo", no quadro constitucional em vigor. "Todos devem ter calma e dialogar, respeitando o Estado de Direito que queremos construir", disse.
O bispo emérito de Díli apelou também ao respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito, considerando que os incidentes devem levar a "um exame de consciência", referindo que a situação já era "muito difícil" em 2006.
"Em 2006 fui falar com o Reinado no mato e a situação já então era muito difícil. Este é o momento para se fazer um exame de consciência", declarou.
Homens armados tentaram hoje matar José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.
O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.
Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin.
De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.
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