segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Atentados contra Ramos-Horta e Xanana Gusmão

Expresso

Timor-Leste

O presidente timorense, José Ramos-Horta, foi alvejado no estômago por homens armados, durante um ataque à sua casa, em Díli, tendo sido já operado. Ocorreu ainda um segundo atentado visando o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, mas este escapou ileso.

Raquel Pinto*
23:42 Domingo, 10 de Fev de 2008


Jason DeCrow/AP

Ramos-Horta foi assistido no hospital das forças australianas

O ataque sucedeu na madrugada de segunda-feira, cerca das 7h00 locais (22h00 de terça-feira em Lisboa), com indivíduos a disparar contra a casa do Presidente, a partir de dois automóveis.

Um guarda timorense terá morrido na acção, segundo o porta-voz do Exército, Domingos da Camara, que escusou-se a esclarecer o estado de saúde do líder.

José Ramos-Horta, atingido com duas balas, foi submetido a uma intervenção cirúrgica por militares australianos, na zona do heliporto da capital timorense Díli. A operação já terminou e o estado de saúde do Nobel da Paz "é estável", disse à Lusa a sua chefe de gabinete, Natália Carrascalão.

A agência AP avança, entretanto, que o fugitivo Major Alfredo Reinado - soldado rebelde acusado de homicídio, após uma onda de violência em 2006 provocada com a sua expulsão do Exército por desobediência -, terá sido morto na emboscada por membros da guarda pessoal do Presidente timorense.

O chefe de Governo timorense, Xanana Gusmão, também foi atacado, noutro local, quando se deslocava de Balibar para a capital, tendo a sua viatura ficado completamente destruída. No entanto, consegiu sair ileso e terá prosseguido para Díli de transportes públicos, estando agora no palácio do Governo, avança a Lusa.

A mesma agência adianta ainda, através de informação recolhida com fonte oficial, que dois seguranças que seguiam com o primeiro-ministro desapareceram na sequência do ataque.

Ainda não são conhecidos os autores dos disparos. "Aparentemente a situação em Díli está calma", esclareceu o diplomata português João Ramos Pinto, no entanto as Nações Unidas lançaram um apelo às populações para restringirem os movimentos e permanecerem em casa.

*com agências

Sem comentários:

Enviar um comentário