quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Anistia Internacional pede fim da impunidade no Timor Leste

12-02-2008 20:06:55


Lisboa, 12 fev (Lusa) - A Anistia Internacional pediu ao governo do Timor Leste e à comunidade internacional para aproveitarem o momento de crise no país asiático e tomarem medidas para eliminar a "cultura de impunidade".

Em comunicado divulgado em Lisboa, a organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres, afirma que "o ciclo de violência que está enfraquecendo o país vai continuar" se nada for feito.

A Anistia ressalta que a chegada de novos contingentes militares e policiais ao Timor Leste e a vigência do estado de emergência decretado pelo parlamento timorense, na seqüência do duplo atentado que atingiu o presidente José Ramos Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, poderá facilitar a ação.

"Os atentados de ontem [segunda-feira] são sintomáticos do desafio mais premente do país, a criação de instituições fortes para melhorar a segurança e reforçar o Estado de Direito", diz a entidade.

Medidas

"As tentativas de assassinato do presidente e do primeiro-ministro são uma conseqüência direta do fracasso contínuo do governo e da comunidade internacional em reconstruir com eficácia os sistemas criminal e de justiça civil", afirma o texto.

A diretora do programa Ásia/Pacífico da Anistia Internacional, Catherine Baber, afirmou que Alfredo Reinado, alvo de acusações e de um procedimento criminal pelo envolvimento na violência registrada em 2006, "nunca deveria ter sido mantido em liberdade, pois ameaçava a estabilidade do país".

"O governo timorense e a comunidade internacional devem entender este incidente desnecessário como uma chamada de atenção urgente para a necessidade de se fortalecerem as instituições chave do país", completou a diretora.

"Todos os que cometeram violações sabem que podem continuar a cometê-las sem que sejam punidos. A falta de confiança das populações locais nas instituições estatais, que deveriam garantir a justiça e segurança, sobretudo nas áreas policial, militar e judicial, tem de ser combatida e constitui um dos desafios mais urgentes", disse Baber.

1 comentário:

  1. "Anistia"??? Será uma marca nova de aniz?… para tias?

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