24/01 - 06:05 - EFE
Díli, 24 jan (EFE).- O julgamento do comandante rebelde Alfredo Reinado e de 17 de seus seguidores, acusados de homicídio e outros crimes, foi adiado hoje para o dia 4 de março, depois de eles não comparecerem à audiência.
Reinado, foragido desde agosto de 2006, tinha anunciado que não compareceria ao julgamento, porque desconfiava do sistema judiciário do país, que disse "servir aos interesses políticos e não ao povo que busca por justiça".
"Sou apenas um peão nesta grande crise, na qual aquelas pessoas que deveriam ser levadas à Justiça têm, atualmente, bons cargos dentro do sistema como primeiro-ministro, ministros e parlamentares", disse Reinado, expulso do Exército com outros 598 militares por desobediência em 2006.
O atual presidente do país, José Ramos Horta, era ministro de Assuntos Exteriores quando explodiu a crise em abril de 2006, e o hoje primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, ocupava a chefia do Estado, enquanto o então chefe do Governo, Mari Alkatiri, lidera a oposição no Parlamento após as eleições do ano passado.
As autoridades contam desde meados de 2006 com a ajuda da ONU e da Força Internacional de Segurança, composta por tropas de Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal.
O Timor-Leste alcançou sua independência no dia 20 de maio de 2002.
EFE flg/mh
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