Comentário na sua mensagem "Mais uns passos a caminho da ditadura...":
Cuidado com as generalizações.
Com tantos polícias de tantas nacionalidades, a UNPOL é uma salganhada com experiências nos seus próprios países muito diferentes.
Mas se os polícias em causa eram australianos ou de outro país com tradições democráticas mais arreigadas, é grave, muito grave mesmo.
É-o em quaisquer circunstâncias mas neste caso é, mesmo, incompreensível/imperdoável.
Por outro lado, também há que colocar a hipótese de o polícia estar despenteado com tanta agitação e não querer ficar mal na fotografia. Será que não pediu para apagar para depois gravar de novo, já penteadinho com a risca ao lado para o verem bonitolá em casa?
Independentemente disso, não é por aqui que se caminha para a ditadura. Mas que os "chefões" têm, afinal, tiques de mandões mais evidentes do que os anteriores, lá isso têm...
E depois há que compreender também a angústia da ONU: afinal estão a proteger uma ordem constitucional de constitucionalidade mais que suspeita e em que os próprios chefões estão com acusações bem mais graves que o anterior.
Ora a ONU não nasceu para estas coisas e mal deve saber como descalçar a bota... Daí adoptar a sua filosofia habitual, só desmentida aqui e ali: sempre, sempre ao lado do poder...
Suharto/Óbito: Xanana Gusmão assiste a funeral «para esquecer o passado»
ResponderEliminar28 de Janeiro de 2008, 02:19
Díli, 28 Jan (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, assiste hoje ao funeral do ex-ditador indonésio Suharto, que em 1975 ordenou a ocupação da antiga colónia portuguesa, durante a qual foram mortos cerca de 200.000 timorenses, anunciou fonte oficial.
O porta-voz do Governo, Agio Pereira, informou que Xanana Gusmão partiu na manhã de hoje de Díli com destino a Solo, Java Central, onde será enterrado Suharto, falecido no domingo, em Jacarta, aos 86 anos, após 23 dias de internamento hospitalar.
"A presença do nosso primeiro-ministro no funeral de Suharto significa que queremos esquecer o passado e encarar as futuras relações entre os dois países de uma maneira positiva", indica um comunicado oficial.
Agio Pereira sublinhou que Xanana Gusmão "irá ao funeral do ex-presidente como expressão de reconhecimento e gratidão do povo de Timor-Leste a Suharto por aquilo que fez de positivo no país durante os 24 anos de ocupação indonésia".
O porta-voz acrescentou que as tropas indonésias, sob a ditadura de Suharto, assassinaram muitos civis e independentistas nesse período, mas que as forças ocupantes também contribuíram para o desenvolvimento das infra-estruturas e recursos humanos de Timor.
A 17 de Janeiro, quando Suharto completava duas semanas de hospitalização, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu aos timorenses que perdoassem o ex-ditador.
OM-Lusa/fim.