Notícias Lusófonas
5.01.2008
Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas e 20 casas foram incendiadas hoje em Suai, sul de Timor-Leste, durante confrontos entre grupos rivais já condenados pelo primeiro-ministro timorense, Xanana gusmão, que ordenou a detenção dos instigadores.
Segundo uma investigação preliminar, os confrontos terão sido instigados por três polícias e um funcionário da administração local.
"Ordeno à polícia, à UNPol (Polícia da ONU) e à ISF (Força Internacional de Segurança) que prenda esses polícias porque chegou a hora de mudar a mentalidade deste país (...), a mentalidade de nos matarmos uns aos outros, de queimar as casas e de destruir as propriedades dos outros", afirmou Xanana Gusmão.
De acordo com o inspector Mateus Fernandes, os três agentes da polícia timorense referidos por Xanana Gusmão foram detidos hoje à tarde (hora local) e levados para a esquadra de Suai, cidade situada a cerca de 90 quilómetros a sul de Díli.
Os confrontos envolveram elementos dos grupos de artes marciais "Sete Sete" e "Persaudaraan Setia Hati Teratai" e ocorreram um dia depois de distúrbios em Díli e no distrito de Ermera, a sul da capital, entre grupos rivais.
Os grupos de artes marciais estiveram também envolvidos na espiral de violência que afectou Timor-Leste em 2006, de que resultaram pelo menos 30 mortos e mais de 150 mil pessoas deslocadas, e que quase levou o país à guerra civil.
Na sequência dessa crise, as autoridades timorenses pediram a intervenção de uma força militar e policial à Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia, a missão da ONU foi reforçada e o líder da Fretilin, Mari Alkatiri, foi substituído na chefia do governo por José Ramos-Horta.
Em 2007, realizaram-se eleições em Timor-Leste que levaram José Ramos-Horta à chefia do Estado e Xanana Gusmão, até então Presidente da República, ao cargo de primeiro-ministro.
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